Banda brusquense de thrash metal lança álbum em busca de crescimento no cenário musical
Disco da Raging War foi produzido durante um ano e capa foi elaborada por artista de São Paulo
A banda brusquense Raging War acaba de lançar o álbum de estreia com título homônimo. São 10 faixas que trazem letras sobre questões sociais, econômicas e cotidianas. Além disso, a banda procura não só criticar, mas mostrar a visão positiva sobre as coisas.
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O primeiro CD da banda de thrash metal (subgênero do heavy metal caracterizado por seu ritmo rápido e agressividade) foi lançado com 1 mil cópias físicas que podem ser adquiridas pela página da banda no Facebok (facebook.com/ragingwar). O CD foi gravado no estúdio Tobias Blues, em Brusque, e contou com a produção de Douglas Fischer. Também foi produzido um clipe para divulgar o CD, a música escolhida foi The Meaning.
A produção do disco aconteceu de forma independente e levou cerca de um ano entre gravações, mixagem e masterização. Além de contar com o apoio de Douglas, a banda teve a capa desenvolvida por um artista de São Paulo, Marcio Aranha. Segundo o vocalista Rudi Vetter, a arte foi desenvolvida com ideias da banda e traz “o desenho de uma criança chorando ao lado dos corpos de seus familiares para retratar as consequências da guerra”.
“É bem legal destacar que foi um processo diferente. Geralmente hoje a gravação é mais digital, só computador, e eu usei bastante recursos analógicos pra mesclar junto com o digital. Então é uma gravação bem híbrida que acaba buscando uma qualidade que o pessoal tinha mais nos anos 90 antes do computador”, enfatiza Fischer.
Para Fischer, foi um desafio produzir o primeiro CD da banda justamente por terem um estilo de música que requer mais trabalho. “Foi muito legal, foi um bom aprendizado para mim, que estou começando agora nessa área de produção musical”, afirma.
Histórico da banda
Originalmente a banda se chamava Monster Truck, fundada em 2006, mas teve uma reformulação no nome por questões de direito autoral. Em 2016, surgiu a Raging War, com nova formação de integrantes e visando a gravação do primeiro CD.
“O nome da banda vem de guerra hostil, guerra raivosa, que é mais ou menos a visão que muitas vezes a gente tem do nosso dia a dia, do contexto que a gente vive na sociedade. Em muitos países vemos que as pessoas vivem uma realidade de guerra”, declara.
Hoje integram o grupo o vocalista Rudi Vetter; baixista e vocal de apoio, Ricardo Lima; guitarrista, Wellington de Oliveira; e o baterista Roberto Barth.
Rudi e Wellington são de Brusque e Ricardo e Roberto são de Florianópolis. Por esse motivo, eles se intitulam como uma banda de duas cidades, mas com raízes mais fortes em Brusque devido a todo o apoio que receberam na cidade. Os ensaios acontecem de 15 em 15 dias e são intercalados entre as cidades.
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“Hoje Brusque vem abraçando a gente e procuramos dar bastante valor pra isso”, enfatiza Vetter.
Em 2017, a banda participou do Rock na Praça e teve a apresentação gravada ao vivo pela Fundação Cultural de Brusque, que depois foi transformada em um EP com quatro músicas intitulado Live Brusque 2017.
“A gente fez até uma edição física do EP, mas foi mais simbólico. O nosso intuito com o EP foi divulgar nas mídias tipo Spotify e Deezer”, revela o vocalista. Eles também lançaram o clipe da música Corroding Chemistry juntamente ao EP.
“Estamos tentando além de conseguir uma projeção, fomentar essa cena. Tanto pra gente quanto para as pessoas que gostam do estilo musical”, finaliza Vetter.