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Bebê de três meses tem braço quebrado ao ser espancado pela mãe, em Brusque

Caso foi descoberto após a criança ser levada ferida ao Hospital Azambuja, no sábado, 21

Uma adolescente de 16 anos confessou para o delegado da Delegacia de Proteção à Criança, Adolescente, Mulher e Idoso (Dpcami), Ricardo Casarolli, que espancou o próprio filho, um menino de três meses de idade. O caso ocorreu no dia 21, sábado, quando a mãe pegou o filho pelo braço e jogou contra a cama.

Com a atitude, o bebê quebrou um dos braços e teve ainda mais cinco fraturas pelo corpo. A cunhada, ao ir visitar, percebeu que a criança estava ferida, e decidiu levá-la ao hospital.

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Após passar pela avaliação, o médico contatou o Conselho Tutelar, que levou o caso para a Dpcami. Na segunda-feira, 23, ao saber das informações preliminares, o delegado Casarolli pediu a prisão preventiva do pai, um jovem de 22 anos, que era o principal suspeito das agressões.

O pedido foi aceito na terça-feira, 24, mas antes de ocorrer a prisão, o pai esteve na delegacia e relatou para o delegado que teria sido a mãe a agressora.

Após ouvi-lo, o delegado decidiu pedir a revogação da prisão. Ele agora deverá responder em liberdade e será indiciado por tortura omissiva, ou seja, suspeito de saber das agressões e não denunciar a mãe da criança.

“Ela não demonstrou arrependimento”

Ao ser interrogada pelo delegado, a adolescente confirmou as agressões e disse que sente raiva do bebê desde que ele completou 15 dias de vida. O sentimento negativo contra o filho, diz ela, surgiu após ele ficar internado por se afogar com leite materno.

O delegado levou o caso à Promotoria da Infância e Juventude, que já fez a destituição da guarda do bebê. “Com certeza ela não receberá essa criança de volta. Ela se mostrou uma pessoa muito perigosa e em nenhum momento demonstrou arrependimento. Não tenho dúvidas que ela poderia até matá-lo”, relata Casarolli.

Para o delegado, a adolescente revelou que sempre agredia o bebê com tapas, mas nunca com tanta gravidade como nesse caso. Quando estava na presença da mãe ou da sogra, evitava as agressões, mas quando encontrava uma oportunidade, batia na criança. “É um caso estarrecedor pela falta de qualquer demonstração de remorso por ela”, lamenta o delegado.

O casal, que era de São Domingos, no Oeste catarinense, estava morando em Brusque apenas há três semanas. “Conseguimos agir rápido. Agora estou finalizando o procedimento para encaminhar para a Promotoria da Infância e Juventude. Nesse período que estou em Brusque, não tinha visto um caso assim”, diz o delegado.

Segundo Casarolli, será a promotoria que decidirá o futuro da adolescente. Uma das medidas que, eventualmente, poderá ser aplicada à ela, é a internação.