Black Friday movimenta lojas de Brusque
Estabelecimentos que aderiram à ação registraram filas de consumidores que aproveitaram os descontos
Estabelecimentos que aderiram à ação registraram filas de consumidores que aproveitaram os descontos
A sexta-feira, 28, foi de movimento na área central de Brusque. Lojas de móveis, eletrodomésticos e de telefonia celular aderiram ao Black Friday – termo criado pelo varejo nos Estados Unidos para nomear a ação de vendas anual que acontece na sexta-feira após o feriado de Ação de Graças. Nos últimos anos, a ideia tem sido adotada por outros países como Canadá, Austrália, Reino Unido, Portugal e Brasil.
Em Brusque, as lojas ficaram cheias e os consumidores tentaram aproveitar ao máximo os descontos que chegaram a mais de 50%. O movimento iniciou logo cedo com filas para poder entrar nas lojas. A maioria precisou distribuir senhas para organizar e fazer com que todos aproveitassem os descontos.
Os eletrônicos eram os produtos mais visados pelos consumidores. A aposentada Tereza dos Santos, 65 anos, aproveitou a promoção para trocar de TV. “Vim dar uma olhada para ver se os preços estão menores mesmo e se vale a pena comprar. Se valer, pretendo trocar minha televisão por uma mais moderna”, diz.
Douglas da Rocha Cunha, 21 anos, também enfrentou a fila em busca de um móvel novo para sua sala. “Vim ver se o preço é bom. Estou precisando de um rack para a sala. Se eu encontrar algum com preço bom, pretendo comprar. Acho que os descontos que estão dando está muito bom”, diz.
Apesar da grande divulgação, os consumidores precisaram ficar atentos já que nem todos os itens das lojas fizeram parte da promoção, e os descontos se limitaram ainda à disponibilidade dos produtos nos estoques de cada loja.
Até o início da tarde de sexta-feira, o Procon de Brusque não havia recebido reclamações de consumidores insatisfeitos com a Black Friday. “Até o momento não recebemos nenhuma reclamação. Acredito que o pessoal está tomando mais cuidado, e a cada ano a atenção na hora de comprar aumenta mais”, diz o diretor do órgão, Luiz Carlos Schlindwein.
De acordo com ele, a maior preocupação do Procon em promoções como a Black Friday são com as lojas online. “As lojas físicas tem menor incidência de reclamação, o maior problema são os sites, principalmente os que não tem indicação de endereço físico e nem telefone fixo para contato”.
Se o consumidor comprou um produto durante a Black Friday e percebeu que ele está com defeito, Schlindwein orienta procurar a loja. “Deve-se entrar em contato com a loja. Normalmente, se o problema é constatado poucos dias depois da compra, a loja substitui o produto. Se não houver solução, aí pode entrar em contato com o Procon para tentarmos resolver o problema”, orienta.
Se o consumidor constatou alguma irregularidade cometida pelas lojas durante o Black Friday, deve juntar provas e se dirigir ao Procon para registrar a reclamação. “Propaganda enganosa é uma infração passível de punição que pode variar de advertência, multa ou até a suspensão da atividade da empresa”.