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Bloqueios em rodovias começam a afetar estoque de supermercados em Brusque

Abastecimentos ocorreram normalmente até ontem; gerências se preocupam que clientes façam compras em grandes quantidades

A manhã desta terça-feira, 1º, iniciou incerta para muitos supermercados de Brusque e região. Em diversos estabelecimentos, houve o registro de chegada de alguns caminhões. Contudo, muitas das entregas foram impossibilitadas por conta dos bloqueios nas rodovias.

Nos Supermercados Archer, a central está abastecida, pois a descarga de produtos ocorre durante as tardes e, de acordo com o gerente Jocimar Feller, nesta segunda, 31, muitos caminhões conseguiram chegar ao local.

Porém, na manhã desta terça nenhum caminhão chegou ao supermercado. “Hoje estamos aguardando, vamos ver o que se dará daqui em diante. Hoje é um dia mais complicado. Ontem foi o primeiro dia, algumas vias estavam liberadas, depois das 16h bloquearam as outras”, diz.

“Estamos bloqueados em todos os cantos e ainda estamos aguardando informações. Neste momento, teríamos entre cinco e seis caminhões descarregando, os que vêm de mais longe normalmente se antecipam, e nesta manhã não há nenhum com os bloqueios. Alguns devem conseguir, da nossa região, mas não os de fora da cidade”, relata.

No Atacadão Brusquense, que faz distribuição para o Supermercado O Barateiro, ainda há abastecimento, mas o movimento das entregas está parado. Até às 9h30 desta terça não havia chegado nenhum caminhão com produtos.

Conforme o Atacadão, há a possibilidade de chegar dois caminhões nas próximas horas, mas a equipe tenta lidar com a dificuldade de conseguir informações se virão ou não caminhões.

No local, a maioria das entregas de produtos ocorre à tarde. “O que preocupa, então, é pelo desespero. As pessoas irem ao mercado e fazerem estoque, o que pode fazer que alguns produtos acabem. É preciso comprar o necessário e não levar mais. Há mercadoria para a semana, caso não tenha a liberação, mas a próxima semana está incerta”, alerta.

No Supermercado Angeloni, a situação está tranquila até o momento, mas muitos fornecedores não conseguem chegar. “Começa a preocupar daqui para frente. Nas próximas horas teremos uma noção real do que pode acontecer. Até então o povo de Brusque está tranquilo, não se percebe aglomeração, por isso ainda tem produtos”, aponta.

De acordo com sócio proprietário do Supermercado Carol, Ivan Tridapalli, nenhum caminhão chegou nesta manhã. Ele aponta que podem faltar produtos pontuais, principalmente os perecíveis que chegam diariamente. São as carnes e as verduras.

“São produtos sensíveis, que se não vier todo dia começa a faltar. O restante de mercadorias não perecíveis a maioria tem mercadoria para 15 ou 20 dias. A partir do momento que os caminhões não chegam, uma ou outra coisa começa a faltar. Se não receberem um dia, comprometem o outro dia”, ressalta.

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No Supermercado Bistek, a manhã desta terça foi agitada pelo movimento pré-feriado. No local, não houve registro de chegada de caminhões e a equipe aguarda pela vinda durante a tarde. Já no Hortifruti Direto do Campo, produtos podem faltar se caso as entregas não forem feitas, já que muitos são frescos. Nesta terça, há a falta de bananas no local.

A proprietária do Supermercado Guarani, Luzita Cecilia Venzon Merisio, ressalta que, por não abrirem nesta quarta-feira, 2, há a possibilidade de faltar mercadorias, como carne fresca, a partir de quinta-feira, se as entregas não forem feitas.

“A empresa de papel higiênico conseguiu fazer a entrega [nesta terça], pois os caminhões estavam perto. Mas outras, de carne, não conseguiram passar. Acredito que até quinta-feira, pode faltar essas mercadorias, pois há muito movimento. O pessoal está agitado e com medo de faltar mercadoria”, conta.

“A previsão é que faltem várias mercadorias, principalmente o que ocorre de entrega todos os dias, como as carnes suínas e bovinas, o pãozinho deve faltar também, pois é de empresa externa. Outros produtos de padaria nós mesmos produzimos. Esse bloqueio acredito que siga até quinta. Se voltar, na sexta o abastecimento estará normalizado”, completa.

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