Boas histórias à sombra da figueira
Plantada em 1985 pelos membros do Clube da Árvore, ela já é um dos símbolos de Guabiruba
Principalmente nos dias de verão, os bancos embaixo da figueira são disputados. Todos querem se refrescar à sombra da bela árvore plantada e cultivada pelos membros do Clube da Árvore de Guabiruba.
Fundado em 21 de setembro de 1969 por Evaldo Debatin, Arno Kormann, Tarcísio Dirschnabel, Aldo Kohler e Germano Debatin, o clube foi a forma encontrada para os amigos se reunirem semanalmente e compartilharem o gosto pelas árvores.
Guido Kormann, 75 anos, que foi prefeito da cidade na época que a figueira da praça foi plantada, também fazia parte do clube. Hoje, por problemas de saúde, ele não é mais sócio, entretanto, mantém vivas as lembranças de algo que fez parte de sua vida durante tantos anos.
Kormann recorda que a ideia de plantar a árvore veio depois que o morro que fica em frente à praça foi modificado. “Naquela época, o morro era muito grande, quando chovia, o barro chegava até na porta da prefeitura. Como eu era o prefeito, consegui pelo governo do estado dois tratores, carregadeiras e caminhões para cortar o morro”.
Depois que o local foi alterado, a família Debatin decidiu doar o terreno para a prefeitura, onde hoje está a praça. Como retribuição, o local foi denominado praça Theodoro Debatin, em homenagem ao pai de Germano, que é um dos fundadores do clube.
Com a doação do terreno formalizada, os membros do clube tiveram a ideia de plantar árvores no local. Kormann lembra que a figueira, já grandinha, foi doada por Elmo Debatin. “Fizemos buraco com a carregadeira e plantamos a árvore bem no meio, antes de ser construída a praça”, conta.
Além da figueira que resiste firme e forte, o clube plantou uma outra árvore, entretanto, esta não vingou. Quando a praça foi inaugurado oficialmente, em 1987, a figueira já estava lá, embelezando o local. “Vinha pra prefeitura de manhã e sempre pedia pra molhar, e ela começou a vingar. Quando foi feita a inauguração, ela já estava maior”.
Os membros remanescentes do Clube da Árvore lembram-se com saudosismo de seu auge e, sentem orgulho de poder proporcionar algo tão simples, que muitas vezes pode até passar despercebido, mas que sem dúvida, é um símbolo da cidade.
“Sempre venho aqui, sento na sombra, jogo conversa fora. Gosto muito deste lugar e sinto muito orgulho disso. Agora, está chegando a época que ela começa a dar flores e fica mais bonita ainda”, diz Germano.