X
X

Buscar

Boas histórias à sombra da figueira

Plantada em 1985 pelos membros do Clube da Árvore, ela já é um dos símbolos de Guabiruba

Diariamente, guabirubenses de todas as idades aproveitam a sombra da grande figueira plantada na praça Theodoro Debatin. A imponente árvore resiste à ação do tempo e cresce junto com Guabiruba, já que há 32 anos, faz parte do cenário da área central da cidade.

Principalmente nos dias de verão, os bancos embaixo da figueira são disputados. Todos querem se refrescar à sombra da bela árvore plantada e cultivada pelos membros do Clube da Árvore de Guabiruba.

Fundado em 21 de setembro de 1969 por Evaldo Debatin, Arno Kormann, Tarcísio Dirschnabel, Aldo Kohler e Germano Debatin, o clube foi a forma encontrada para os amigos se reunirem semanalmente e compartilharem o gosto pelas árvores.

Guido Kormann, 75 anos, que foi prefeito da cidade na época que a figueira da praça foi plantada, também fazia parte do clube. Hoje, por problemas de saúde, ele não é mais sócio, entretanto, mantém vivas as lembranças de algo que fez parte de sua vida durante tantos anos.

Membros do Clube da Árvore aproveitam a sombra da figueira diariamente | Foto: Bárbara Sales

Kormann recorda que a ideia de plantar a árvore veio depois que o morro que fica em frente à praça foi modificado. “Naquela época, o morro era muito grande, quando chovia, o barro chegava até na porta da prefeitura. Como eu era o prefeito, consegui pelo governo do estado dois tratores, carregadeiras e caminhões para cortar o morro”.

Depois que o local foi alterado, a família Debatin decidiu doar o terreno para a prefeitura, onde hoje está a praça. Como retribuição, o local foi denominado praça Theodoro Debatin, em homenagem ao pai de Germano, que é um dos fundadores do clube.

Com a doação do terreno formalizada, os membros do clube tiveram a ideia de plantar árvores no local. Kormann lembra que a figueira, já grandinha, foi doada por Elmo Debatin. “Fizemos buraco com a carregadeira e plantamos a árvore bem no meio, antes de ser construída a praça”, conta.

Além da figueira que resiste firme e forte, o clube plantou uma outra árvore, entretanto, esta não vingou. Quando a praça foi inaugurado oficialmente, em 1987, a figueira já estava lá, embelezando o local. “Vinha pra prefeitura de manhã e sempre pedia pra molhar, e ela começou a vingar. Quando foi feita a inauguração, ela já estava maior”.

Os membros remanescentes do Clube da Árvore lembram-se com saudosismo de seu auge e, sentem orgulho de poder proporcionar algo tão simples, que muitas vezes pode até passar despercebido, mas que sem dúvida, é um símbolo da cidade.

“Sempre venho aqui, sento na sombra, jogo conversa fora. Gosto muito deste lugar e sinto muito orgulho disso. Agora, está chegando a época que ela começa a dar flores e fica mais bonita ainda”, diz Germano.