Bombeiros recomendam cuidados com fogos de artifício nas festas de fim de ano
Chefe da Divisão de Perícia de Incêndios dá dicas para evitar acidentes na véspera de ano novo
Chefe da Divisão de Perícia de Incêndios dá dicas para evitar acidentes na véspera de ano novo
Soltar fogos de artifícios já é tradição no Brasil, principalmente no dia 31 de dezembro, véspera de Ano Novo. Com isso, aumenta o número de pessoas queimadas por manipularem inadequadamente os fogos. Os riscos não são apenas de queimaduras. Podem ocorrer laceração e mutilação dos dedos, mãos e rosto. Conforme o Corpo de Bombeiros, nos locais de grande movimentação, os cuidados com os fogos de artifício devem ser redobrados.
O chefe da Divisão de Perícia de Incêndios, tenente-coronel do Corpo de Bombeiros, Vanderlei Vanderlino Vidal, cita alguns exemplos dos perigos dos fogos. “A água ferve a 100°C, bolos cozinham a 180°C, a madeira inicia sua queima a 300°C, o alumínio derrete a 600°C e a ponta de uma estrelinha, um dos tipos populares de fogos de artifício, pode atingir até 650°C. Ou seja, é o suficiente para causar queimaduras de 3° grau”, explica.
Ele afirma que o ideal é deixar os fogos de artifício para os profissionais, pessoas leigas e, principalmente, as crianças nunca devem tocar ou recolher, depois de qualquer apresentação os fogos que restarem, pois eles ainda podem estar ativos.
“A maneira mais segura de aproveitar os fogos é assistir a uma queima pública, conduzida por profissionais treinados. Todos os anos, especialmente agora neste período de festas, centenas de pessoas, na maioria crianças e adolescentes, são feridas ao usarem fogos de artifício. O risco de ferimentos é o dobro para quem tem entre 10 e 14 anos, se comparado com o resto da população”, alerta o tenente-coronel.