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Bosio ainda não sabe se permanecerá no cargo

Com as mudanças anunciadas no modelo da SDR, ainda não há indicação de quem comandará o órgão no município

A Secretaria de Desenvolvimento Regional (SDR) de Brusque está sem secretário. Como o ano passado foi o último do primeiro mandato do governador Raimundo Colombo (PSD), os servidores comissionados das 36 SDRs foram exonerados no fim do ano – com exceção dos gerentes de infraestrutura e administração.

Colombo já nomeou os secretários de algumas regionais, no entanto, a de Brusque permanece indefinida. Jones Bosio (PSD), ocupou o cargo nos últimos dois anos, e está no aguardo de uma definição do governo. “Vai ser composição com o PMDB e PSD. Todas as 36 regionais serão mantidas, e há uma conversação para ver qual partido ficará com cada uma. Estive à frente por dois anos, gostaria de ficar, mas isso cabe ao governador junto com o PMDB definir”, diz.

Ao ser reeleito, Colombo deixou claro que pretende fazer algumas mudanças no governo, entre elas estão alterações nas SDRs. A reforma administrativa será encaminhada à Assembleia Legislativa e até a primeira semana de fevereiro deve entrar em prática. “Na primeira semana de fevereiro teremos as 36 regionais nomeadas, a votação dessa reforma na Assembleia e então, as mudanças devem se iniciar o mais rápido possível”, afirma Bosio.

Entre as principais mudanças já anunciadas está a nomenclatura do órgão, que passará a se chamar Agência de Desenvolvimento Regional. “A princípio, o cargo de diretor vai ser extinto. O secretário não será mais secretário porque será uma agência, mas ainda não sei a nomenclatura do cargo”, diz Bosio.

Redução de gerências

Outra mudança será a redução de gerências. Hoje a SDR de Brusque possui oito gerências: Planejamento e Avaliação; Saúde; Administração; Finanças e Contabilidade; Educação; Infraestrutura; Turismo, Cultura e Esporte; Assistência Social, Trabalho e Habitação e Desenvolvimento Econômico, Sustentável e Agricultura, mas a intenção de Colombo é agrupar o maior número possível de gerências. “Esta foi uma forma que o governador encontrou para enxugar a máquina. Dos 1.552 cargos que existem no governo, ele quer reduzir 500. As gerências que devem permanecer são educação, saúde, infraestrutura e o administrativo, mas não posso afirmar com certeza porque o projeto da reforma ainda não foi divulgado”.
Segundo ele, a saída do então diretor geral da SDR de Brusque, Valdir Wilke, está confirmada. “O Wilke não deve permanecer, mas por vontade dele, que decidiu cuidar da empresa da família, mas tenho certeza que se ele mudar de ideia volta a fazer parte do governo porque é muito competente, ele vai fazer muita falta na SDR. Os demais, estão exonerados, inclusive eu, e não sabemos como será”, diz.

Autonomia

Para Bosio, a principal dificuldade enfrentada pela SDR é a falta de autonomia. Ele espera que o novo modelo possa melhorar a ponte entre a agência e o governo. “Temos uma dificuldade muito grande de resolver os problemas da região com os secretários setoriais. Há uma parte burocrática muito grande. O próprio governador fala da burocracia, mas ele também cria muita burocracia. Quando se quer resolver uma coisa local tem que passar por muita coisa, então ele poderia quebrar um pouco da parte burocrática. Não sei se isso vai acontecer no novo modelo. Tem que ser por aí, senão não faz sentido”.
Bosio afirma ainda que a mudança deve impactar nas prefeituras dos pequenos municípios. “Para as grandes prefeituras não vai fazer diferença. Os prefeitos das cidades grandes como Brusque, Blumenau, Itajaí, Balneário Camboriú querem mais é que feche. As pequenas prefeituras podem sofrer mais. Os secretários anteriores da SDR tiveram orçamento próprio para trabalhar. Quando eu assumi, o meu orçamento era zero. Tudo o que fiz foi na raça. Pode ser que a agência tenha orçamento próprio para trabalhar, mas acredito que isso não vai acontecer”.