Bosque do Guarapuvu é alvo de vandalismo e crianças pedem conservação
Alunos do Espaço Renascer desenvolvem atividades extracurriculares no local e foram surpreendidos com lixo
Alunos do Espaço Renascer gravaram um vídeo pedindo a preservação do Bosque do Guarapuvu, localizado no bairro Jardim Maluche, após terem encontrado o local depredado, o que tem atrapalhado as atividades extracurriculares que ali são desenvolvidas.
O espaço, de mais de 9,8 mil metros quadrados, fica na rua Augusto Bauer e foi a primeira Área de Relevante Interesse Ecológico (Arie) registrada em Brusque. O Espaço Renascer, no Jardim Maluche, é uma instituição particular que trabalha com aulas práticas extracurriculares no contraturno escolar.
As crianças haviam, com orientação da professora Pâmela Felipim, desenvolvido uma armadilha para microrganismos utilizando uma telha cheia de arroz. O trabalho serviria para produzir um fertilizante que seria utilizado na horta do projeto Renascer. Quando retornaram, a armadilha estava praticamente destruída, restando pouco a ser aproveitado.
Fezes humanas, embalagens, sacolas plásticas e papel estavam espalhados pelo local. Uma das placas de aviso está pichada. O bosque possui uma diversidade importante de espécies de plantas e possui algumas espécies de animais.
“Provavelmente a área serve de refúgio para usuários de drogas”, palpita Luana Holetz, professora e sócio-proprietária do Renascer. “Nossa ideia é conscientizar a população sobre a importância ecológica desse espaço e divulgá-lo, para que seja utilizado pelos espaços educacionais aqui do bairro através de atividades práticas. O ambiente é rico em espécies”, completa.
Os alunos são da turma de horta e jardinagem. Com frequência, o grupo visita o bosque, que fica na mesma rua do Espaço Renascer, para realizar diversas atividades, como identificação de plantas e observação de aves. A Associação de Moradores dos bairros Jardim Maluche e Souza Cruz (Amasc) conseguiu, em agosto de 2016, junto à prefeitura de Brusque, transformar o Bosque Guarapuvu em unidade de conservação.
O decreto municipal 7.849/2016 estabelece que estão proibidas atividades que possam colocar em risco a conservação e evolução dos ecossistemas, a proteção especial às espécies e o patrimônio paisagístico.
A supervisão e a fiscalização da Arie estão sob a responsabilidade da Fundação Municipal do Meio Ambiente (Fundema). A manutenção e a conservação são de responsabilidade da Amasc.