Botuverá realiza terceira edição dos Jogos Comunitários
Competição, que começa nesta quarta-feira, 8, conta com modalidades curiosas e tradicionais da comunidade
Canastra, mora e dança de salão. Práticas comuns em Botuverá, cidade que respira a cultura italiana, foram transformadas em modalidades para a terceira edição dos Jogos Abertos Comunitários de Botuverá. A competição, que já movimenta centenas de pessoas no município, terá sua abertura oficial hoje – embora desde a última quarta-feira a bocha esteja sendo praticada.
Leia também: Prefeitura de Guabiruba recebe visita de intercambistas do México, Austrália, França e Bermudas
Em 2014, a Secretaria de Esportes de Botuverá fez o primeiro evento, que serviu como um termômetro de aceitação da comunidade. No princípio, apesar de acanhado, os Jogos contaram com a presença de cerca de 120 participantes, número considerado relevante pela estreia da competição. A abertura contou com o prestígio de 200 espectadores. Já no ano passado, os números multiplicaram, com ainda mais atletas e um público de 800 pessoas assistindo a cerimônia de abertura.
Para esta edição, os recordes devem ser ultrapassados. Hoje a cerimônia de abertura, que será às 19h no Ginásio do Imigrante, contará com a atração do Grupo de Dança Millenium, de Itajaí. Segundo o diretor de esportes Elizandro da Cruz, trazer o grupo é uma das apostas para esta edição. “Todo ano nós buscamos algo diferente e interessante para atrair a comunidade”, completa.
O responsável por acender a pira olímpica esta noite contribuiu e muito para a história do esporte em Botuverá. Valdemar Bambinetti, de 90 anos, foi um dos fundadores do clube Ourífico, a mais tradicional e antiga agremiação esportiva da cidade. Hoje em dia, Bambinetti mora em Brusque.
As modalidades
As raízes italianas da comunidade botuveraense dão um toque exclusivo para os Jogos Comunitários da cidade, principalmente com a mora. A modalidade consiste em prever o número de dedos da mão que serão apresentados na mesa, mostrando os dedos aleatoriamente sobre ela junto com o seu adversário. Vence quem falar antecipadamente o resultado da soma dos dedos da dupla que está jogando. A dificuldade é na velocidade a qual esses números são apresentados, e principalmente no dialeto: os números precisam ser falados em bergamasco, dialeto italiano.
Como não poderia deixar de ser, a canastra também estará presente na competição. Os melhores no carteado acumulam pontos para suas comunidades. No mesmo dia da abertura, casais representam suas localidades na dança de salão. No dia 25, sábado portanto, será disputado o futsal. A modalidade inicia e encerra no mesmo dia. A bocha é a prova mais longa, já que iniciou no dia 1º e encerra no dia 30, dia também do encerramento dos Comunitários.
Gincana é a novidade
A novidade entre as modalidades fica por conta da gincana, exatamente no dia do encerramento dos Comunitários, 30. Os atletas participarão do desafio que consiste em provas como corrida do saco, corrida carregando o ovo e dança com a laranja, além de outras competições pontuais. As comunidades são obrigadas a inscrever três estudantes, sendo que também podem inscrever cinco não estudantes para a modalidade. No mesmo dia, serão entregues as medalhas e troféus individuais, além do troféu de campeão geral. Em 2015, a comunidade de Ribeirão Porto Franco foi a grande campeã.
Modalidades
- Bocha (01/06 a 30/06)
- Dança de Salão (08/06)
- Moura (09/06)
- Canastra feminino e masculino (18/06 a 25/06)
- Futsal livre (25/06)
- Gincana (30/06)
Comunidades participantes
- Águas Negras
- Centro
- Guabiroba
- Lageado Alto/Lageado Baixo
- Ourinho/Areia Alta/Areia Baixa/Vargem Grande
- Pedra Grande
- Ribeirão do Ouro
- Ribeirão Porto Franco
- Sessenta/Bracinho