A última final da Libertadores, vencida pelo Flamengo, oficializou mais uma conquista brasileira na competição. “Oficializou” porque, independentemente do resultado, a taça ficaria no Brasil, já que o rival do Mengão era o Athletico Paranaense. Com isso, o país aumentou sua hegemonia recente no principal torneio sul-americano e encostou na Argentina, que ainda lidera do ranking histórico. Será que, em breve, os clubes brasileiros empatarão em número de títulos com os argentinos? Se você gosta de fazer esse tipo de previsão, veja mais notícias esportivas aqui.

Com a conquista do Flamengo, o Brasil chegou a 22 títulos de Libertadores, contra 25 dos argentinos. No entanto, o cenário recente tem sido dominado pelos clubes brasileiros, que venceram as últimas quatro edições da competição. Em três delas, inclusive, as finais reuniram apenas times daqui: Palmeiras x Santos, em 2020; Palmeiras x Flamengo, em 2021; e Flamengo x Athletico Paranaense, em 2022. Em 2019, o campeão Flamengo venceu o River Plate, da Argentina, em uma virada histórica, nos últimos minutos do segundo tempo.

De todo modo, a vantagem histórica ainda é dos argentinos e tem dois motivos: o primeiro, claro, é o talento dos “hermanos”, que desde os primórdios do futebol são uma das nações que mais se destacam no jogo. O segundo, porém, é a falta de interesse que os clubes brasileiros davam às competições sul-americanas, em geral, até o início dos anos 1990.

O bicampeonato do São Paulo, em 1992 e 1993, acabou fazendo com que os brasileiros voltassem sua atenção à Libertadores. E o que se viu, a partir de então, foi um predomínio do Brasil na competição – predomínio que, nos últimos anos, tem se acentuado.

Se isso for mantido por mais algum tempo, poderá levar a uma falta de interesse pela Libertadores, já que a disputa ficará sempre concentrada em um país. Dessa forma, as outras nações sul-americanas não mais verão chances reais de seus times conquistarem o torneio e passarão a dar mais atenção às disputas nacionais. E o cenário também seria de desinteresse no Brasil, afinal, se a Libertadores perder o charme de ser uma disputa entre os melhores times dos países vizinhos e se transformar em um Brasileirão menos encorpado, não fará muito sentido prestigiar o torneio.

Portanto, os próximos anos serão fundamentais para o futuro da competição. É muito importante que os clubes dos outros países, principalmente os argentinos, consigam se reerguer financeiramente. Isso trará a emoção de volta à Libertadores.