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Brincadeira entre avô e neto de Brusque vira personagem infantil de sucesso

História do Macaquinho Goiabinha, criada pelo brusquense Rudi Imhof, foi publicada em forma de revista

Quando um macaco apareceu em seu sítio, o brusquense Rudi Imhof não imaginava que ia acabar escrevendo histórias sobre ele. O animalzinho despertou a curiosidade de seu neto, Felipe, que tinha quatro anos na época. O menino começou a perguntar sempre sobre o macaco e Rudi inventava histórias sobre ele – e o que era uma brincadeira entre avô e neto acabou virando uma série de revistas do personagem, o Macaquinho Goiabinha.

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Distribuídas em Brusque e Blumenau, as revistinhas do Macaquinho Goiabinha foram criadas pelo brusquense Rudi Imhof como um presente para o neto, que hoje está com cinco anos.

“O rapaz que trabalha comigo no sítio viu um macaco e ligou para me avisar. Eu fui correndo, mas, quando cheguei, ele já tinha ido embora. Comuniquei minha família e, claro, contei para o meu neto, que ficou muito curioso.” Rudi conta que, todos os dias, o menino perguntava sobre o macaquinho: o que tinha comido, onde ele dormia, onde estavam o papai e a mamãe dele.

Foi assim que Rudi, para instigar a curiosidade e imaginação do neto, começou a contar histórias sobre o tal macaquinho, que batizou como Goiabinha. “Todo dia ele perguntava e eu tinha que inventar alguma coisa. Quando ele dorme na minha casa, ele pede para que eu conte uma historinha do macaquinho, e são essas histórias que eu transformo nas revistinhas”, diz.

A primeira edição da revista foi publicada em outubro de 2017, e a segunda, “Macaquinho Goiabinha na Festa Junina”, está pronta para ser impressa pela gráfica e deve começar a ser distribuída na semana que vem. Rudi preocupou-se em fazer o registro da obra na Biblioteca Nacional, “para ter os direitos autorais, não para mim, mas pro meu neto, mais pra frente”, comenta. Serão quatro mil cópias da segunda revistinha, após a boa aceitação da primeira, que teve tiragem de duas mil edições.

“Tenho dois filhos e sempre gostei de crianças, e ainda mais desde que chegou meu neto. Mas nunca nem me tinha passado pela cabeça escrever”, ri o autor das revistas.

Os enredos das histórias são baseados em fatos que acontecem no sítio de Rudi, e até o cenário ilustrado reflete a casa onde mora. Ele comenta que, na terceira revista, que está sendo ilustrada, um novo personagem aparece: é o touro Presente, que realmente existe e foi comprado para o netinho.

Contação de histórias
Além da concepção das historinhas e das revistas, Rudi começou a participar da contação de histórias para crianças em um evento da escola do neto, em Blumenau. O projeto desenvolvido pela instituição envolvia as famílias dos alunos e, na vez de algum familiar de Felipe participar, quem foi brincar e contar histórias para os colegas de turma foi o avô Rudi.

“Fui contar a história na escola Anjos da Terra, onde meu neto estuda, e já fui também em escolas aqui de Brusque. Agora, outro colégio de Blumenau me convidou para ir até lá ainda antes do Dia das Crianças”, conta. Além dele, o desenhista, André Rebelo, também participa da contação de histórias em escolas de Gaspar, e uma sobrinha de Rudi está levando o Macaquinho Goiabinha para Itajaí e Balneário Camboriú.

“Todas as crianças gostam de histórias, e o macaquinho cai nas graças delas. A aceitação é muito boa e elas ficam maravilhadas”, diz.

Novas ideias
A intenção de Rudi é criar uma coleção com cinco revistas de histórias do Macaquinho Goiabinha e, após a publicação de todas, fazer um encarte especial com os cinco volumes. Por enquanto, a terceira edição está em fase de ilustração, e a quarta já tem enredo preparado. “Falta só inventar mais uma”, diz o autor.

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Quando decidiu fazer a revista, ele procurou por ilustradores que tivessem prática no desenho de animais, e encontrou o trabalho de seu amigo André Rebelo. O desenhista de Gaspar abraçou o projeto e aceitou o desafio de dar cara ao macaquinho Goiabinha.

Além das revistinhas, Rudi teve a ideia de fazer músicas temáticas do personagem e, para isso, entrou em contato com um compositor pernambucano, que está desenvolvendo as canções. “Vamos talvez fazer um CD com músicas bem animadas, para as crianças interagirem com a música.”

Outra ideia é também inserir o macaquinho em roupas infantis e, algo que Rudi não abre mão, fazer um bonequinho do personagem. “Colocar em chaveiros, fazer um maiorzinho para as crianças dormirem junto. Esse vai ser o foco no próximo ano”, comenta.