Bruscão derrota o Metrô e assume liderança da briga pela Série D
Gol único de Carlos Alberto, expulso no segundo tempo, deixou time com 18 pontos
Gol único de Carlos Alberto, expulso no segundo tempo, deixou time com 18 pontos
Nas arquibancadas, os torcedores roíam as unhas. Vencendo por um a zero desde os 20 minutos do primeiro tempo, o juiz apontou que a partida entre Brusque e Metropolitano iria até os 49 minutos. O cenário não estava bom: O time da casa estava com um a menos e o Metrô pressionava. Mas com a garra que já é peculiar aos Guerreiros do Vale, o clássico teve um vencedor no apito final: O Bruscão.
O time dá um salto gigantesco rumo à vaga para a Série D do Brasileirão: Com a derrota do Inter e uma vitória contra um adversário direto, o quadricolor dobrou suas chances de alcançar o grande objetivo traçado para o campeonato.
Ferrolho na zaga
No primeiro tempo, o jogo foi lá e cá, mas quem levou mais sustos foi o Metropolitano. Isso porque a dupla de zaga Cleyton e Maurício não deixava passar nada. O Metrô arriscava principalmente pela direita, com o habilidoso Rafinha. Apesar de o Bruscão novamente deixar o adversário avançar demais por aquele lado, o time de Blumenau não conseguia promover nenhuma jogada dentro da área.
Já pelo lado dos donos da casa a história era diferente. Já aos 12 minutos, o Metrô se escapou de sair perdendo. Maurício cobrou falta frontal com primor, e a bola tocou caprichosamente no travessão. Porém, aos 20 minutos, os blumenauenses não conseguiram evitar o pior.
Paulinho recebeu pela direita, cortou o adversário e lançou linda bola para a entrada da área assim que enxergou Carlos Alberto penetrando. O volante não pensou duas vezes: Chegou batendo e fuzilou as redes. Samuel não salvou o gol que abriu o placar no Augusto Bauer.
Ao invés de se acuar, contudo, os donos da casa foram pra cima em busca do segundo. Em chute de fora da área, Paulinho, que estava impossível, mandou um chutaço e obrigou Samuel a espalmar para escanteio. O Bruscão teve muitas chances de ampliar, mas Afonso, centroavante que fez sua segunda partida pelo Brusque, não entrou bem. Recebeu boas bolas mas não conseguiu o domínio ou alguma jogada eficaz. Alemão também não jogou bem. Voltando de lesão, foi cauteloso e não tentou lances de ataque. Mesmo assim, o quadricolor foi para o vestiário com a vitória parcial.
Tensão do início ao fim
Foi no sufoco que o Brusque segurou a vitória. Quem dominou a posse de bola foi o Metropolitano, mas como domínio não é vantagem, as melhores chances ainda foram do time da casa. Eliomar, aos 20 minutos, quase alivou para a torcida quadricolor. Ele recebeu na tabelinha e fuzilou dentro da área, mas Samuel espalmou.
Cinco minutos depois, foi a vez de Ruan quase deixar o dele. Em falta frontal, o volante chamou a responsabilidade para si. Com extrema categoria, ele tirou da barreira com curva, pela esquerda, a bola bateu na trave e saiu.
A partir daí, só deu Metrô. Bola por bola, a defesa foi tirando, mas a dificuldade aumentou aos 38 minutos. Carlos Alberto, que já tinha amarelo, aplicou carrinho no adversário. O atleta recebeu a segunda advertência e, na sequência, o vermelho.
Com um a menos, o Bruscão conseguiu se segurar. Até teve chances de gol, mas não foram bem aproveitadas, principalmente com Giancarlo. A torcida, apreensiva, começou a pedir o fim do jogo aos 48 minutos. Pouco depois, o juiz decretou o fim da partida e a vitória dos donos da casa no Clássico do Vale.