Bruscão fica no empate em jogo ruim no Augusto Bauer
Novo Hamburgo abriu o placar com atacante dispensado pelo quadricolor, mas Tony deixou tudo igual
Novo Hamburgo abriu o placar com atacante dispensado pelo quadricolor, mas Tony deixou tudo igual
Foram 90 minutos de muita tortura para a torcida do Bruscão no Augusto Bauer. As duas equipes protagonizaram uma partida de baixo nível técnico, em que atletas erraram fundamentos básicos e mostraram muita falta de entrosamento. Por pouco, o Bruscão não saiu derrotado na segunda rodada do Brasileirão Série D. Diego Vianna abriu o placar aos 40, mas Tony, aos 42, deixou tudo igual. Com a vitória do JMalucelli no Paraná contra o Madureira, o Bruscão é o vice-líder do grupo A15 com dois pontos.
Sonolência
A torcida presente no Augusto Bauer ficou longe de assistir a um espetáculo nos primeiros 45 minutos de partida. Brusque e Novo Hamburgo jogaram um futebol tão sonolento quanto se poderia. O time da casa, por ter mais posse de bola, protagonizou os lances mais bizarros. O Noia ficou mais próximo do gol, em chance incrível desperdiçada pelo zagueiro Vladimir.
O principal problema do Brusque era a falta de opções para o passe. Quando o atleta pegava a bola, ninguém se apresentava, e a jogada não tinha sequência. A primeira boa chance foi do Quadricolor do Vale. Em escanteio, aos 16 minutos, Paulinho cobrou com perfeição e Alexandre Carvalho cabeceou muito próximo da meta.
Aos 24, surgiu a grande chance do Novo Hamburgo. Na cobrança de escanteio de Ramon, a bola sobrou nos pés de Vladimir, de frente para o gol, mas ele chutou para cima, perdendo de maneira inacreditável. Aos 27, Ramon quase fez gol olímpico, impedido por bela defesa de Zé Carlos. O mesmo lance aconteceu cerca de 10 minutos depois: Cobrança traiçoeira e tapa de Zé para tirar.
A partir dos 30, ficou visível a dificuldade da equipe quadricolor em jogar. Aélson cobrou lateral nos pés do adversário e gerou contra-ataque, abafado depois pela defesa. Cinco minutos depois, Neguete, livre e sem pressão adversária, errou um passe de três metros para Aélson, mandando para a fora. Quando Rafael Gomes apitou o fim do primeiro tempo, as vaias ecoaram no Augusto Bauer.
Pressão e sufoco
A falta de velocidade e criatividade no ataque chamou a atenção de Mauro Ovelha, que apostou em Eliomar e Tony nos lugares de Carlos Alberto e Zulu. Os mesmos problemas se repetiram: Erros de passes, lançamentos equivocados e afobação. Em alguns lances, jogadores da mesma equipe chegaram a trombar um com outro.
Depois de cerca de meia hora sem grandes oportunidades, o placar movimentou, mas foi pior para o Bruscão. Em lance de perde e ganha, Ramon tocou para o centroavante Diego Vianna que, livre, tocou no cantinho de Zé Carlos. O goleiro pulou nela, mas ela morreu mesmo dentro das redes.
Aí o Bruscão foi para o abafa. Em um lance que traduz como foi todo o jogo, Neguete deu um balão um tanto descompromissado para frente. Tony conseguiu o domínio e o chute certeiro para as redes. Golaço do atacante, tirando o quadricolor de um grande sufoco. O jogo com muita vontade da virada dos donos da casa, mas que não aconteceu.