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Brusque aguarda uma virada que não se mostra nem um pouco próxima

Chances de melhora se baseiam no Augusto Bauer e nos reforços estrangeiros

O já insuficiente plantel do Brusque parece estar em seu momento mais frágil e abatido no ano. Um ponto obtido nos últimos quatro jogos e quatro jogos sem gol marcado (ainda que a anulação do gol de Alex Ruan sobre o Coritiba seja, no mínimo, questionável). É necessário que o time, nas próximas 17 rodadas, o que ainda não apresentou em 2024.

Restam poucas cartas na manga. Luizinho Vieira não consegue fazer o time jogar muito mais. Talvez outro treinador fizesse algo melhor, mas o limite técnico do Brusque é muito claro e muito baixo do meio para a frente. São os jogadores titulares da Série C, com mudanças pontuais, que não desequilibram a favor.

Sem tempo a perder

Os reforços precisam ser regularizados com urgência, especialmente os uruguaios. São jogadores importantes, que já demoraram para chegar. O Brusque não pode se dar o luxo de atrasar as estreias de Ocampo e Pollero. Tudo que puder ser feito para que eles joguem nos próximos dias precisa ser feito.

É um trio acostumado a um certo nível de competição. Ocampo e o recém-chegado González já passaram por Libertadores. Pollero se faz necessário já pelo simples fato de ser um centroavante numa temporada em que Guilherme Queiróz e Olávio não fizeram jus à titularidade. Têm sido, no máximo, discretos nas raras oportunidades em que o fraco time do Brusque lhes permite aparecer.

Jogando para quem?

Vários jogadores, que chegaram ao clube em 2024, talvez mal sabem se o Brusque tem torcida. Talvez vejam um xingamento ou outro em comentários de redes sociais, mas não muito mais do que isso.

Aos que já jogaram no Augusto Bauer lotado, que conhecem o que a torcida do Brusque pode fazer, talvez a sensação seja de total abandono. De que, após perder a final do Catarinense, eles jogam por eles próprios e mais ninguém. Não havia grande mobilização em Itajaí, e não será em Florianópolis que veremos quantidades relevantes de torcida quadricolor.

O Augusto Bauer e suas eternas indefinições já são uma piada de mau gosto, e é óbvio que os jogadores sentem o atraso. Treinam a semana toda no sobrecarregado gramado sintético apenas para nunca jogarem nele. Do surreal prazo de abril/maio, passando pelos jogos com Paysandu e Coritiba, agora ninguém mais tem coragem de cravar uma data. Mas, junto com os reforços, o Gigantinho é uma das últimas cartadas.

Cabeça

E perdendo um jogo atrás do outro, com toda a incapacidade para fazer gols, afundando ainda mais no Z-4, a confiança é perdida, a força para lutar chega a níveis mínimos e sair de um círculo vicioso rumo à Série C vai parecendo cada vez mais difícil.

A fala de Paulinho Moccelin na Rádio Cidade é uma evidência. Entre outros lamentos no mesmo tom, disse: “Não estamos brigando o suficiente para as vitórias chegarem. Ou a gente briga mais com o adversário, ou a gente vai ser atropelado, toda vez. Se não dermos algo a mais e não sentirmos na pele que as coisas não estão dando certo e não correr, não lutar, vai ficar muito difícil.”


Assista agora mesmo!

Bar da Toca, no subsolo de restaurante, foi curioso point em Brusque no século 20: