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Brusque aparece em categoria intermediária no mapa do turismo brasileiro

Ministério avalia o fluxo do setor turístico e o número de empregos e locais de hospedagem

Desde 2004, o Ministério do Turismo divulga um mapa que categoriza os municípios a partir do fluxo turístico e do número de empregos e estabelecimentos no setor de hospedagem. Com a lista, o órgão consegue aprimorar a distribuição de recursos e os demais investimentos em cada região.

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As cidades brasileiras são divididas em cinco categorias – A, B, C, D e E. Enquanto a categoria A representa os municípios com maior fluxo turístico e maior número de empregos e opções de hospedagem, a categoria E representa os municípios com menor fluxo e menor número de empregos e hospedagem.

Na última atualização do mapa, divulgada na última terça-feira, 12, aparecem 2.175 municípios, divididos em 291 regiões turísticas. Na lista, Brusque integra a região do Vale Europeu e é categorizado como nível C. Entre as 17 cidades do Vale Europeu, nenhuma aparece como categoria A. Na categoria C, por outro lado, apenas Blumenau consta na lista.

Para o secretário de Turismo de Brusque, Rolf Kaestner, a categorização intermediária do município representa a realidade atual do setor turístico e mostra que os órgãos e as entidades que atuam na área precisam se unir.

“Os diversos segmentos que existem, como o Convention [Brusque Convention Visitors Bureau], a hotelaria, os restaurantes, o núcleo de turismo da Acibr e a própria secretaria de Turismo estão trabalhando hoje de forma dispersa. Nós precisamos de um foco único. Hoje cada um trabalha isoladamente, cada um investe naquilo que quer. Se fizermos juntos e nos unirmos, o setor melhorará”, afirma Kaestner.

Com o fim das obras de duplicação da rodovia Antônio Heil, por exemplo, Kaestner acredita que o setor em Brusque tende a crescer, fazendo, assim, com que o município também receba melhor categorização no mapa do turismo brasileiro.

“Com a duplicação, o trânsito fluirá melhor e a BR-101 vai estar a 20 minutos daqui. Então quem estiver em viagem e ver que é rápido para chegar, vai vir nos centros comerciais fazer compras. Estando aqui, vai ter que se alimentar, quem sabe também vai abastecer o carro nos nossos postos. Se tiver mais tempo, também vai querer conhecer o resto da cidade. O que movimenta e economia”, argumenta o secretário.

Botuverá e Guabiruba

Tanto Botuverá quanto Guabiruba, que também integram o Vale Europeu, estão em baixa no mapa do turismo brasileiro. Ambas as cidades aparecem na última categoria, que representa os municípios com menor fluxo turístico e menor número de empregos e opções de hospedagem.
O prefeito de Botuverá, Jose Luiz Colombi, o Nene, concorda com a avaliação realizada pelo Ministério do Turismo. Segundo ele, o município ainda deixa a desejar na questão da infraestrutura de hotéis e de restaurantes.

“Nós temos a caverna, que recebe cerca de 1,5 mil visitantes por mês, mas pretendemos ampliar os pontos turísticos para que as pessoas fiquem mais tempo por aqui. E pra isso também precisamos de iniciativa privada na questão de hotéis, pousadas e restaurantes. Realmente pecamos nesse ponto”, explica o prefeito.

Ele acrescenta ainda que a prefeitura realiza, atualmente, um diagnóstico turístico para melhorar o setor na cidade.

Mudança no Vale Europeu

Antes da atualização do mapa divulgada neste ano, a última listava 39 municípios pertencentes ao Vale Europeu. Entretanto, neste ano, o Ministério do Turismo retirou 22 cidades da região, que agora compõem a região turística Caminhos do Alto Vale. Além disso, o órgão também criou o Vale das Águas, composto por 11 cidades que saíram da região Grande Oeste [confira as demais regiões nos destaques].