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Brusque terá arquivos do cemitério municipal digitalizados

Medida facilita buscas e servirá para atualização de cadastros das 6,5 mil sepulturas

Os arquivos das 6,5 mil sepulturas do cemitério municipal Parque da Saudade estão passando por um cadastramento em um sistema informatizado. O trabalho é feito há cerca de um ano e deve ficar pronto ainda em 2018. Com a iniciativa, a administração pretende facilitar a atualização dos registros e dar maior velocidade às buscas e consultas ao banco de dados.

No local, estão os livros de óbito desde novembro de 1970. Ao todo são três exemplares com anotações de dados dos falecidos e contatos de familiares. Para preservar os livros e facilitar a localização manual, são feitas fichas de papel, contendo as mesmas informações, organizadas em um arquivo físico.

Para iniciar o trabalho, a equipe do cemitério precisou conferir a localização de cada um dos registros existentes. Os setores também são uma referência para a organização do arquivo. Apesar de utilizado até hoje, o modelo de pesquisa é limitado, na avaliação do coordenador Robison Koschnick.

Com o arquivo atual, para conseguir encontrar o jazigo de um familiar é preciso ter o nome e a data exata do sepultamento. A demanda, segundo o coordenador, dificulta as buscas e exige mais tempo para conseguir localizar um cadastro. “É um sistema antigo, né? Hoje é tudo pelo computador. Estamos cadastrando um a um”.

Nilson Cardoso, 53, transita pelo cemitério com regularidade. No local, estão sepultadas a mãe e uma sobrinha dele. Para o morador do bairro Limeira, a iniciativa deve facilitar para quem pretende encontrar túmulos familiares.

Facilidade estratégica

Em média, são feitos 30 sepultamentos mensais no cemitério, segundo estimativa de Koschnick. O número envolve tanto novos cadastros, quanto a inclusão de falecidos de famílias já usuárias do local.

O coordenador acompanha o projeto há cerca de oito meses. Segundo ele, a necessidade de modernização surgiu devido a demandas identificadas pelo setor de Patrimônio da prefeitura. Os contatos de pesquisadores em busca de informações do arquivo são recorrentes. A falta de atualização dos dados de jazigos mais antigos é outro problema enfrentado.

O cadastramento dos registros em um sistema próprio é só a primeira etapa do trabalho. A tendência é que ele seja finalizado até a metade do ano, Posteriormente, a equipe inicia a atualização dos dados contidos no registro. Esta segunda etapa deve se estender pelo segundo semestre.

Outro benefício, segundo Koschnick, é a possibilidade de apurar a inadimplência do local e conseguir reaver parte das pendências em contato com as famílias dos sepultados.

Além da dificuldade de contatar com os familiares, outro agravante indicado por ele é a falta de informação ou de acompanhamento. Hoje, não há uma estimativa de quantas sepulturas estão com pendências. “Acredito que haja uma grande defasagem”.

Caso tenha sucesso com a recuperação de parte do valor, o coordenador espera conseguir mais autonomia financeira para o cemitério. Os valores, segundo ele, tem como foco a manutenção, limpeza e preservação do espaço.