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Brusque Basquete projeta segundo turno do Campeonato Brasileiro

Equipe cresceu a partir da quarta rodada e é candidata a vaga; técnico Bicudo avalia erros e acertos

O Brusque/FME/Aradefe/Trimania encerrou o primeiro turno do Campeonato Brasileiro de Clubes Masculino na quarta posição, dentro da zona de classificação para o Final Four da competição, após um começo conturbado. A equipe está com 11 pontos, dois atrás do líder, Cravinhos, e empatado com o quinto colocado, a Liga Sorocabana de Basquete (LSB), sobre quem tem vantagem pelo confronto direto.

A primeira partida do returno é contra o lanterna, ABA, na sexta-feira Santa, 19 de abril, às 19h, na Arena Brusque. No primeiro jogo entre as duas equipes, os paulistas venceram por 70 a 66.

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Apesar do bom desempenho até aqui, o técnico Alexandre Rocha, o Bicudo, prefere deixar o papo sobre classificação ao Final Four de lado, principalmente pelo equilíbrio da competição, em que equipes favoritas chegaram a perder para algumas bem menos cotadas.

“É um campeonato muito bom, muito nivelado, gostoso de jogar. Mas desde o início, o elenco foi avisado. É uma competição muito equilibrada. Alguns deslizes e falta de seriedade e poderíamos terminar com 14 derrotas em 14 jogos. Crescemos em um bom momento, mas estamos correndo por fora, todos podem continuar nos vendo como o patinho feio. Ou melhor, marrequinho feio.”

Acertos
O grande diferencial do Brusque Basquete em relação às suas temporadas anteriores foi mesmo o tempo de treino. Se em 2018 haviam sido feitos 12 sessões de treinamento para a Liga Ouro, em 2019 foi mais que o triplo: 42 treinamentos para o Brasileiro. “Os treinamentos foram fundamentais, importantíssimos, nos ajudaram a chegar neste momento”, afirma.

O ataque da equipe é o segundo melhor do campeonato: são 500 pontos marcados. O Novo Basquete Ponta Grossa (NBPG) é o líder no quesito, com 560.

Erros
Para Bicudo, a falta de amistosos durante a preparação foi fator que contribuiu para derrotas no começo da competição. O time teve suas três primeiras partidas disputadas fora de casa.

“Na estreia, foi um jogo nervoso e a equipe se superou para vencer, foi um resultado à parte. Nos dois jogos seguintes, o time ainda estava se encontrando, tentando se acertar. Na estreia em casa, contra Ponta Grossa, queríamos ter ido bem, mas eles simplesmente nos dominaram do primeiro ao último minuto. Foi a equipe que mais investiu no campeonato.”

Se por um lado o ataque tem funcionado, a defesa foi falha por boa parte da competição até aqui. O Brusque Basquete sofreu 502 pontos. Só o Blackstar, de Joinville, tem cesta mais bombardeada, com 536 pontos sofridos.

Consertos
Com as três derrotas, sofrendo uma grande quantidade de pontos para a competição – média de 73 por partida – o treino sofreu alterações severas. “Vimos que conseguíamos marcar mais de 70 pontos em praticamente todo jogo [só em duas derrotas a equipe teve pontuação inferior]. A partir daí, 80% do nosso treino passou a ser focado na defesa. E deu resultado. Continuamos marcando, marcamos 76 pontos nas nossas últimas três vitórias, e melhoramos a parte defensiva”, explica Bicudo.

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O que falta
O Brusque Basquete tem partidas em casa com São José dos Pinhais/Guaxo, Cravinhos e ABA, e fora com Blackstar, NBPG, LSB e Unifae São João. Sem grandes vantagens para o quinto colocado, LSB, no momento, a equipe precisa consolidar seu lugar entre os quatro primeiros.

“Temos que vencer as nossas partidas em casa e, se possível, buscar outra vitória fora para entrar no Final Four, mas é tudo muito equilibrado, muito indefinido. De qualquer forma, este grupo está muito unido, focado, gostando de trabalhar junto”, avalia.

O Final Four é o grupo das quatro melhores equipes da competição, que disputam semifinais e final em partidas únicas, sediadas na cidade do primeiro colocado na fase inicial.

Vitórias dão dois pontos, derrotas um. Primeiro critério de desempate é o confronto direto, seguido por saldo de pontos