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Campeões da Série B estadual de 2015 pelo Brusque relembram final contra o Camboriú

Personagens da conquista comentam campanha, que teve grande sequência invicta

Em 30 de agosto de 2015, o Brusque comemorava seu terceiro título da segunda divisão de Santa Catarina, após uma final em dois jogos contra o Camboriú, adversário da decisão do Campeonato Catarinense sete anos depois. O quadricolor foi campeão da Série B estadual com duas vitórias sobre a Cambura, em uma conquista que foi uma espécie de “marco zero” para a história do clube, que vive uma ascensão desde então. E os jogadores se lembram com orgulho.

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O atacante Eydison guarda muito carinho pelo Brusque. Ele é o oitavo maior artilheiro da história do clube, com 27 gols. Nove destes foram marcados na Série B estadual de 2015, e três nos dois jogos da final. Hoje, aos 33 anos, ele atua pelo Becamex Binh Duong, da primeira divisão do Vietnã. No quadricolor, sua história começou ainda em 2013. Eydison chegou ao clube após ouvir boas recomendações de um grande amigo que o futebol lhe deu: o zagueiro Neguete.

“Era um elenco muito qualificado, mas tivemos um início conturbado na busca pelos nossos objetivos”, relembra. Na época, o Brusque chegou a ter uma troca de treinador, após pontos perdidos em empates. Chegou o técnico Mauro Ovelha, que hoje é supervisor do Camboriú.

A partir de então, o time engrenou. Foram oito vitórias e apenas um empate até o fim da campanha. Eydison se recorda de sua comemoração subindo na grade do alambrado do estádio Augusto Bauer, e afirma que ainda acompanha o clube. “O clima com o elenco, com a torcida, era dos melhores.”

Eydison comemora com na finalíssima diante do Camboriú | Foto: Marcio Costódio/Arquivo O Município

Na final, Eydison marcou os três gols. Primeiro, no 1 a 0 fora de casa. Depois, no 2 a 0 no Gigantinho, com muita festa. Depois daquela grande campanha, o Brusque jamais voltou à segunda divisão estadual.

“Foi uma final muito difícil, as duas equipes estavam muito bem preparadas. Os dois times estavam totais condições de ser campeões, mas aquela arrancada nossa foi muito importante”, explica. Ele ainda esteve perto de voltar ao quadricolor entre 2019 e 2020, mas o interesse do exterior impediu o retorno.

Um dos destaques daquela equipe era Eliomar. Hoje aos 35 anos, ele acumula passagens em 2015-16, 2017, 2018 e 2020. Marcou quatro gols naquela campanha, inclusive um golaço de bicicleta na vitória por 1 a 0 sobre o Operário, em Mafra. Atualmente no Pelotas-RS, o meia segue acompanhando e torcendo pelo quadricolor.

“Fico feliz por fazer parte da história do clube. Joguei os dois jogos da final. Havia uma rivalidade, com dois times muito bem montados. Foi um título muito importante para o clube e para nossas carreiras. Hoje posso dizer que sou um torcedor do Brusque.”

Eliomar foi um dos destaques daquela campanha | Foto: Marcio Costódio/Arquivo O Município

Em 2022, a torcida de Eliomar é para que o Bruscão volte a vencer uma final contra o Camboriú. “Acredito que haja um equilíbrio muito grande. Tenho amigos dos dois lados, mas o Camboriú vem se destacando muito. Espero que o Brusque, pelo poderio que tem, possa vencer esta final.”

O zagueiro Cleyton esteve presente em todas as temporadas do Brusque entre 2012 e 2021. Aquele título da Série B foi o primeiro dele com o clube, depois de ter conquistado o acesso em 2013 sem a taça. “Tenho cinco títulos com o Brusque, e este foi o único conquistado em casa. Foi muito marcante para mim. Vai ficar marcado para a gente, porque ali começou a sequência de títulos.”

Cleyton, ao centro, comemora seu gol na vitória sobre o Concórdia, na estreia de Mauro Ovelha | Foto: Marcio Costódio/Arquivo O Município

Atualmente no Itabaiana-SE, ele também destaca a rivalidade criada entre Brusque e Camboriú dentro daquela temporada. “A equipe deles era muito boa. Tinha o Brasão [atacante], o Bruno [Andrade, atacante], o Michel, volante que está no Grêmio. Existia uma rivalidade dentro de campo e fora, mas me lembro que nossa equipe jogou muito bem os dois jogos da final, tendo o Eydison como destaque. A gente falava, na época, que não perderia aquele título, e graças a Deus foi o que aconteceu.”

Sete anos depois daquela final, o zagueiro vê dois jogos muito difíceis na decisão atual. “Hoje você tem o Brusque crescendo cada vez mais no cenário nacional, é uma equipe muito forte, que sabe jogar fora de casa e é muito forte em casa, ainda mais com o apoio da torcida. Mas o Camboriú vem fazendo uma excelente campanha com o Luan, que soube montar a equipe. Creio que vai dar muito trabalho para o Brusque, por ser uma equipe muito qualificada. Acho que não dá para dizer quem vai sair campeão.”

No entanto, Cleyton aponta alguns diferenciais: a vantagem do empate na soma dos placares e o fator casa brusquense. “É muito difícil jogar dentro de Brusque, com a torcida empurrando. Acredito que tenha esta vantagem na final.”

Na Série B do Campeonato Catarinense de 2015, o quadricolor teve incríveis 71,67% de aproveitamento. Foram 12 vitórias, sete empates e uma única derrota, com 34 gols marcados e apenas nove sofridos.

Brusque e Camboriú começam a final do Campeonato Catarinense às 20h30 desta quarta-feira, 30, no Estádio das Nações, em Balneário Camboriú. O jogo de volta está marcado para as 16h30 deste sábado, 2, no Augusto Bauer.


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