Campeões em 1992, Palmito e Carlos Alberto comentam nova oportunidade de título estadual
Ex-volante e ex-goleiro do Brusque elogiam geração atual e analisam semelhanças e diferenças
Ex-volante e ex-goleiro do Brusque elogiam geração atual e analisam semelhanças e diferenças
Em 13 de dezembro de 1992, a cidade de Brusque parou para comemorar uma conquista inédita, que possui lances e personagens que serão lembrados para sempre: o título do Campeonato Catarinense, após uma vitória no tempo normal e na prorrogação sobre o Avaí no estádio Augusto Bauer. E, em 2 de abril de 2022, no ano em que aquela final completa 30 anos, o quadricolor poderá comemorar novamente um título e, para isto, será necessário vencer ou empatar com o Camboriú mais forte que já existiu.
Carlos Alberto disputou aquela final contra o Avaí. O goleiro, que hoje trabalha nas categorias de base do Paysandú, relata que há poucas semelhanças entre as duas épocas. “Em 1992 havia uma superioridade dos times da capital, além do Joinville e do Criciúma. O Brusque, aparentemente, não tinha perspectiva nenhuma para ser campeão. Mas tudo se resolve dentro de campo. Éramos um grupo muito unido, muito fechado.”
Ou seja, a conclusão é a mudança enorme no status do quadricolor dentro do cenário estadual. “O Brusque atual, no meu ponto de vista, é um dos grandes do estado, e os resultados mostram isso. É uma potência, um time de ponta, muito competitivo. Um time muito regular, estável.”
O ex-goleiro do Brusque se recorda que, em 1992, o time se retirou da cidade por alguns dias para manter a concentração e se distanciar um pouco de toda a expectativa e pressão. Em relação a 2022, ele elogia a diretoria e a comissão técnica no sentido de preparo psicológico, tendo em conta o favoritismo quadricolor e toda a qualidade que o Camboriú tem demonstrado. “O Waguinho é um grande profissional, com muita experiência. Tenho certeza que está tomando as devidas precauções para que o time tenha os pés no chão.”
Palmito foi o artilheiro do Brusque na campanha do título de 1992: marcou nada menos que 13 gols ao longo da campanha, sendo um meio-campista. Nenhum jogador do quadricolor marcou tantos gols em uma só edição de Campeonato Catarinense. Tita (1995), Leandrinho (2011), Jairo (1998) e Jonatas Belusso (2017) chegaram perto, com 11 tentos, e Alex Sandro até poderia igualá-lo se tiver uma atuação fantástica e marcar três gols no jogo de volta da final, contra o Camboriú.
No entanto, Palmito quer mais é que o Brusque quebre todos os recordes de sua geração e cresça cada vez mais no cenário nacional. “É muito bom ver o clube começando a investir na base, é o caminho. E se um dia o clube tiver seu estádio, vai ser muito difícil voltar [aos tempos mais difíceis]”, comenta.
Palmito assistiu à primeira partida da final, torcendo muito pelo Bruscão, e compara o golaço de Fernandinho ao de Washington, no jogo de volta da final contra o Avaí. “Foram dois gols parecidos, eles viram o goleiro adiantado e tentaram. Pela posição do chute do Fernandinho, não sei se ele estava chutando para o gol ou tentando o cruzamento. Foi na gaveta, um golaço.”
O ex-jogador acredita que o Brusque foi superior ao Camboriú no jogo de ida. Contudo, também ressalta as qualidades do adversário. “Não tem nada definido. Vimos no mesmo dia o São Paulo vencer o Palmeiras e o Fluminense ganhar do Flamengo, nenhum dos dois era favorito. Mas o Brusque está há tanto tempo sem perder, e eu acho que não será agora. O Camboriú tem todos os méritos, mas espero que tenha chegado a hora do Brusque.”
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