As expectativas eram grandes demais para o Brusque?
Passados apenas nove jogos do Brusque na temporada de 2021, passo a me perguntar se as expectativas colocadas sobre o time foram surreais. Não havia, olhando para trás, numerosos motivos para qualquer um acreditar que o Brusque fizesse, até aqui, muito mais do que faz: uma campanha boa, mas que jamais prometeu vencer dominando todo mundo que surgisse pelo caminho. É um time de qualidade, com um elenco de 27 jogadores que precisa enfrentar no mínimo dois desfalques por rodada. E um técnico jovem com um trabalho outrora irrepreensível e agora “apenas” bom, dentro das próprias virtudes e limitações. E que conquistou fôlego enorme com a campanha do acesso. Nestes nove jogos, não creio que Jerson Testoni pudesse utilizar o time que imaginasse como ideal nenhuma vez sequer.
Conclusão
Consideradas todas estas condições e juntando tudo a questões físicas do elenco, o Brusque tem feito um trabalho dentro das suas capacidades. Corre por fora na briga pelo título (a Chapecoense tem se provado largamente superior com o que foi visto até agora) e está entre os melhores times do estado, atrás apenas da líder do campeonato. Às vezes goleia, às vezes perde pontos importantes em deslizes, e pode tropeçar de forma mais frustrante, como a própria Chape quando perdeu para o Hercílio Luz. Acontece. A perda mais “imperdoável” foi a eliminação precoce na Copa do Brasil. A crítica do “desse jeito, vai cair para a Série C” é um desabafo passional do torcedor nos dias mais difíceis, mas não tem fundamentação e é imediatista, porque o planejamento traçado desde o início é melhorar o elenco para o Campeonato Brasileiro e muita coisa vai acontecer até lá.
Falha de cobertura
A TV WA perdeu os direitos de transmissão do Campeonato Catarinense por falta de pagamento. Ora, não é surpresa alguma. Quando Rodrigo Mattos, Pedro Lopes e Pedro Ivo de Almeida escreveram no UOL em 27 de janeiro que o capital da emissora era nove vezes menor do que o do valor pago pelos direitos de transmissão das eliminatórias da Copa do Mundo, já era possível imaginar que se tratava de uma furada. Hoje a TV WA não tem nem eliminatórias, nem Catarinense, e não há nenhuma surpresa. Ao longo destes meses, foi visível o amadorismo em divulgação e a falta de estrutura para arcar com o que se propôs a fazer. À FCF, faltou ação preventiva do setor de “vai dar m”. Todo o episódio é triste e lamentável.
Dois títulos em uma semana
O Município (então Município Dia-a-Dia) publicou em 25 de setembro de 2003 sobre os títulos conquistados pelo brusquense André Baran, então com 12 anos: venceu a sexta etapa do Catarinense de tênis em sua categoria, realizada de 12 a 14 de setembro. Dias depois, faturou o Circuito Brasileiro Unimed de tênis. Atualmente, Baran é um dos maiores jogadores de beach tennis do planeta, ocupando o sexto lugar no ranking mundial da Federação Mundial de Tênis (ITF).
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