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Brusque começa 2023 com sete médicos a menos na rede municipal de saúde

Há casos de profissionais que foram aprovados para residência médica e precisam deixar os serviços

Brusque começou 2023 perdendo sete médicos da rede municipal de Saúde. As saídas se deram principalmente entre dezembro e janeiro, e uma reunião do secretário Osvaldo Quirino de Souza com o setor de Recursos Humanos, foi realizada na quinta-feira, 21, para tratar das baixas. Profissionais do cadastro de reserva do último concurso público estão sendo chamados.

Conforme relata o secretário, houve casos de profissionais que optaram por deixar os serviços para iniciarem a chamada residência médica. É uma uma modalidade de ensino de pós-graduação, um curso de especialização caracterizado pela formação em serviço, sob orientação de médicos especialistas.

“Quando se faz o processo seletivo, há a inscrição de vários médicos que terminaram a faculdade e não passaram na residência, ou optam por trabalhar por um ou dois anos em postos de saúde, com medicina familiar, social. Isto conta pontos na classificação da prova da residência. Depois do primeiro ano nos postos de saúde, por exemplo, essas pessoas vão atrás da residência, e muitas passam. A residência demanda dedicação exclusiva, então estes médicos pedem demissão ou não renovam o contrato.”

É comum que médicos não avisem a Secretaria de Saúde sobre a possibilidade de saída. Fazem a prova de residência e comunicam a pasta apenas com a confirmação da aprovação, deixando o serviço rapidamente. O secretário destaca ainda que a pasta está atenta aos próximos dois meses, nos quais haverá contratos chegando à data de vencimento.

Para Souza, o passo a passo legal para reposição dos médicos impede uma substituição rápida. Antes de abrir um processo seletivo para substituir estes médicos de forma temporária, é necessário chamar classificados do cadastro de reserva do último concurso público realizado. Eles têm até 30 dias para responder a Secretaria de Saúde por escrito. Há casos em que a recusa só é oficializada no último dia.

O secretário explica também que processos seletivos à parte só podem ser realizados para suprir vagas totalmente recusadas pelo cadastro de reserva do concurso público ou afastamentos por licenças e atestados médicos, por exemplo. Contratações por poucos meses via processo seletivo tampouco atraem os profissionais.


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