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Time do Brusque receberá 25% da premiação líquida pela vitória sobre o Marília na Copa do Brasil

Presidente Danilo Rezini explica divisão dos R$ 900 mil e perspectivas de curto prazo; nova classificação poderia tranquilizar o semestre

Dos R$ 900 mil que o Brusque ganhou por se classificar à segunda fase da Copa do Brasil, 15% foram retidos na fonte e 25% da premiação líquida foram destinados como gratificação à equipe. Portanto, o quadricolor recebeu, líquidos, R$ 573,75 mil, valor que ajuda nas despesas de manutenção mensais, de aproximadamente R$ 750 mil. Os clubes que passam à terceira fase recebem mais R$ 2,1 milhões.

Os 15% (R$ 135 mil) retidos na fonte têm uma parcela às federações estaduais. No caso do Brusque, a Federação Catarinense de Futebol (FCF), que recebe 5%. O presidente do Brusque, Danilo Rezini, relata que esta é uma novidade para o quadricolor na Copa do Brasil. Há também 5% destinados ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e outros 5% a sindicato de atletas. Jogadores e demais membros da equipe tiveram premiação de 25% do valor líquido, equivalente a R$ 191,25 mil.

Portanto, a Copa do Brasil é fundamental nas tentativas de se manter em 2023 sem endividamentos que comprometam o futuro do clube. Caso consiga passar pelo CSA, o Brusque receberá R$ 2,1 milhões brutos. A princípio, a parcela destinada à equipe permanecerá em 25% da premiação líquida, mas ainda pode mudar. No total, o clube ficaria com R$ 1.338.750, tranquilizando o primeiro semestre.

“Neste momento, o Brusque está precisando muito, muito, deste dinheiro. Tinha uma época em que a gente precisava. Mas agora estamos precisando muito mais. (…) Antes a gente fazia uma divisão até mais generosa, digamos assim, porque não era determinante [a premiação da Copa do Brasil]. Ajudava, mas não era determinante. Hoje esta verba é determinante para a continuidade do Brusque, até para pagar as contas e cumprir o pré-estabelecido — inclusive salários“, comenta Danilo Rezini.

Entrevistado na segunda-feira, 27, o dirigente afirmou que o Brusque ainda não havia recebido a premiação por ter passado à segunda fase da Copa do Brasil. A expectativa era de que a verba estivesse disponível ao clube até o fim da semana.

Conforme relata o presidente quadricolor, ainda não há perspectivas quanto a acertos com novos patrocinadores. Desde o rebaixamento à Série C do Brasileiro, três empresas deixaram o clube, além da Havan, que foi patrocinadora master de forma ininterrupta de 2013 a 2022. Alguns parceiros remanescentes reduziram o valor investido.

Outras frentes

Além da Copa do Brasil, há outras possibilidades de receitas. O Brusque aguarda o pagamento de R$ 750 mil pela transferência de Jorginho ao Arsenal. O meio-campista, que estava no Chelsea, passou pelas categorias de base do Brusque por meio do projeto Guabiruba Calcio. Portanto, o clube tem direito à verba pelos mecanismos de solidariedade da Fifa.

Outra alternativa é vender o atacante Maurício Garcez. O empréstimo ao CSKA Sófia termina em junho, o clube búlgaro poderá exercer a última oportunidade da opção de compra, prevista em contrato, no valor de 650 mil dólares. Contudo, se o clube búlgaro tentar a contratação do atacante em definitivo, tentará negociar um valor menor.

Rezini está otimista com o time dentro de campo. O Brusque ainda não perdeu em 2023, com cinco vitórias e seis empates em 11 jogos, e o presidente destaca detalhes que, em sua visão, impediram mais triunfos, como pênaltis não marcados diante de Concórdia e Camboriú, e o perdido no empate contra o Atlético Catarinense, na segunda rodada.

“Estamos quarto lugar, estamos tranquilos no campeonato. Passamos de fase [na Copa do Brasil] em uma partida memorável. A gente vê que o time é bom, está encaixado. (…) Vamos fazer um bom campeonato, tanto o Catarinense quanto o Brasileiro.”


– Assista agora:
História do Santuário de Azambuja, em Brusque, está retratada em seus vitrais