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Brusque despenca 37 posições em ranking de melhores cidades para fazer negócios

Pesquisa publicada pela revista Exame avalia principais indicadores de desenvolvimento econômico

A pesquisa Melhores Cidades para Fazer Negócios apontou que o ambiente para empreender e negociar piorou significativamente em Brusque. O município despencou da segunda para a 39ª posição no quesito desenvolvimento econômico e já nem figura mais na lista geral das 100 principais do Brasil de 2018, enquanto que em 2017 estava em 70º.

A pesquisa é realizada pela Urban Systems e foi publicada pela revista Exame neste mês. Foram analisados 310 municípios com mais de 100 mil habitantes em 2017 no país.

O estudo analisou quatro macrotemas: desenvolvimento econômico, capital humano, desenvolvimento social e infraestrutura. Dentro de cada um foram considerados vários indicadores oficiais.

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Brusque só aparece no quesito desenvolvimento econômico, no qual a cidade foi destaque nacional em 2017, mas caiu 37 posições neste ano.

No desenvolvimento econômico foram analisados: crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) industrial, agrícola e de serviços, PIB per capita, saldo de empregos, crescimento de empresas, importações, exportações e crescimento no número de microempreendedores indidividuais.

O cálculo para este aspecto foi modificado em relação ao ano passado. Passou a levar em conta o comércio exterior, diversidade econômica e empreendedorismo.

A diversidade econômica, por exemplo, leva em conta, relativamente, as cidades com mais diversidade de empregos entre as diferentes atividades econômicas.

A mudança pode ter colaborado para a queda vertiginosa do município, porém não é a única responsável. A Urban Systems informa, no estudo, que esta foi a edição que teve menos alterações na metodologia. Além disso, todos foram afetados pelas modificações.

Brusque recebeu nota 7,831 na 39ª colocação em desenvolvimento econômico. A primeira colocada foi Barueri (SP), cuja pontuação foi 8,951.

Itajaí foi a cidade catarinense mais bem colocada neste segmento. O município ficou na nona coloca, com pontuação 8,257.

Também ficaram acima de Brusque as cidades catarinenses de Balneário Camboriú (17ª), Palhoça (21ª) e Joinville (30ª).

Conjunto de fatores
Para o presidente da Associação Empresarial de Brusque (Acibr), Halisson Habitzreuter, a queda de Brusque não se deve apenas a um fator. Ele avalia que toda a conjuntura política e econômica do país em 2017 contribuiu para a piora dos indicadores econômicos em geral.

“É nítido que Brusque teve retração na economia em 2017 e 2018, mas se deve a conjunto de fatores”, diz o empresário. Ele considera que o clima pré-eleições de apreensão no município provocou essa piora.

“Mas acreditamos que vai ter recuperação ano que vem”, declara. Para ele, o resultado das eleições devem dar ânimo aos empresários e aos consumidores.

Ranking geral
Ainda que seja conhecida pelo seu empreendedorismo, Santa Catarina não tem nenhum município entre os dez melhores para fazer negócios no país nesta edição do estudo.

A capital do Espírito Santo, Vitória, ficou na primeira posição. Os principais eixos do município capixaba são capital humano e desenvolvimento econômico.

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Os melhores indicadores de Vitória são número de docentes no Ensino Médio com curso superior, 98,3%; matrículas no Ensino Superior por população economicamente ativa, 187 por mil habitantes; trabalhadores formais com Ensino Superior, 35%; e população economicamente ativa, 73%.

A cidade catarinense mais bem colocada na classificação geral é Florianópolis. A capital ficou na 24ª posição. No entanto, também caiu, já que estava em sexto em 2017.