Brusque destruída por uma enchente, há 36 anos
Era um sábado ensolarado e frio em 4 de agosto de 1984, Brusque celebrava então, seus 124 anos de emancipação política.
O cenário de festa contagiava o Centro da cidade, quando na ocasião, uma multidão de pessoas se aglomerava junto às calçadas da Av. Cônsul Carlos Renaux, a fim de acompanhar os desfiles, bem como, toda aquela programação festiva referente à data.
O dia seguia ensolarado sendo que quando a noite chegou, o céu da região continuava estrelado. Nenhum brusquense poderia imaginar a tragédia que estava por vir.
O dia seguinte
Na madrugada daquele domingo, 5 de agosto de 1984, o sono dos brusquenses foi interrompido pelo barulho de chuva torrencial acompanhada por fortes trovões.
Aquele domingo amanheceu chuvoso sendo que esse cenário começava a preocupar cada vez mais, à medida que os volumes de precipitação iam se intensificando no decorrer do dia.
O Itajaí-Mirim começava a entrar em estado de atenção ao final daquela tarde. As notícias um tanto desencontradas na época, davam conta de que chovia muito forte também por todo o Alto Vale.
Aquele cenário de festa verificado na cidade no dia anterior, cedeu lugar ao medo, pois a ameaça de uma grande enchente era cada vez mais evidente diante do dilúvio.
Aquele domingo anoiteceu com as águas do rio já saindo de seu leito normal e algumas ruas do município começavam a ser invadidas.
Segunda-feira, 6 de agosto de 1984
Toda a área central da cidade já estava tomada pelas águas que, sem piedade, levavam consigo tudo o que encontravam pela frente!
Um cenário triste e desolador aos olhos da população. Várias empresas da cidade tiveram seus patrimônios invadidos pela cheia do rio e não restava outra coisa a fazer senão, esperar que as águas baixassem, para então, iniciar o árduo trabalho de reconstrução.
Trazer Brusque à sua rotina normal era dado como um fato incerto na ocasião, dito por muitas pessoas nos dias que se seguiam após o dilúvio, todas desoladas diante do cenário “pós guerra”que viam em cada canto do município.
Mas graças ao espírito guerreiro de cada cidadão brusquense, aos poucos a cidade foi sendo reconstruída. Veja abaixo, o antigo e o recente, mesmo local, cenários distintos onde temos os rastros deixados pela tragédia junto à reconstrução.