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Brusque em formação para a Série D

Coluna comenta sobre as chegadas e saídas do clube, os anúncios de atletas que não ficaram e a confiança de Pingo

Nas últimas semanas, confirmou-se o previsível: a maior parte do elenco do Bruscão que disputou o Campeonato Catarinense deu no pé. Com contratos findados e um futebol que chamou a atenção do Brasil, sete atletas encontraram clubes melhor estruturados, com maior projeção e, principalmente, mais grana. Foram eles: Rodolpho (Chapecoense), Cleyton (América-RN), Boquita (CSA), Leilson (Juventude), Eliomar (Joinville), Belusso (Londrina) e Michel Douglas (CSA). Ricardo Lobo, embora ainda não tenha fechado com clube nenhum, também não seguirá com o Brusque, bem como Assis, Alexandre Carvalho, Luiz Renan, Manú, Marrone e Diogo Roque.

Os nomes apresentados para suprir as posições até o momento são interessantes. O volante Eurico, que estava no Brusque em 2014, o atacante Mateus Paraná, que fez parte da campanha do título da segundona em 2015 e o atacante Wilson Junior, que subiu para a Série C com o São Bento em 2016, causam certa empolgação.

Alguns dizem que o elenco é fraco e não deve ser competitivo. Mas eu sou daqueles que espera ver para crer. Também prefiro não criar expectativas otimistas – outros times da Série D se municiam muito melhor. A dúvida será tirada a partir do próximo dia 21, quando o Bruscão encontra o Operário-PR.

Faltou o contrato
O Brusque anunciou aos quatro ventos – lê-se: em suas redes sociais oficiais – a permanência de Michel Douglas e Boquita. Pouco mais de uma semana depois, os dois atletas se apresentaram ao CSA, de Alagoas. Acontece que o ‘anúncio’ foi feito sem contrato caneteado. Aí deram mole. Agora, faltando pouco mais de dez dias para o início do campeonato, o elenco quadricolor conta apenas com oito jogadores treinando, sem contar os atletas da base.

Pingo confia no elenco
A manutenção de Pingo e de toda a comissão técnica do Brusque foi um dos acertos da diretoria. Em entrevista, o técnico demonstrou plena confiança em seu elenco e ainda disse que se surpreendeu positivamente com os nomes apresentados. Se é discurso demagogo ou não, poderemos conferir em breve.

Gestão da FME divide opiniões
Em conversas informais com responsáveis por associações esportivas, notei que a atual gestão da FME divide opiniões. As equipes que recebiam o maior volume de recursos e tiveram cortes bruscos não aprovam as medidas tomadas pela entidade. Já as que historicamente são deixadas de canto pelas gestões esportivas de Brusque comentam que o pouco que mudou, foi para melhor, com a entrada de um volume um pouco maior de materiais e recursos.

Cenário ideal
O ideal seria que todas as associações contassem com apoio de recursos públicos para suas escolinhas e equipes de base – que representam o município em diversas competições -, mas se virassem com os times adultos. Usar o dinheiro do município para bancar elencos de competidores não formados em Brusque, tirando das escolinhas e da formação de atletas brusquenses, é um equívoco.

Areias do tempo

A história de Brusque com os esportes na areia vem de longa data. A tradição pode ser vista na recordação de hoje: o elenco do Parus, de futebol de areia, posa para uma foto comemorando o título de campeão do troféu transitório Gilberto Américo Meirinho. Na foto estão, em pé: Assis, Gevaerd, Nico Belli, Pereirinha, Godeberto e Petruschky. Agachados: Zé Carlos, Venicio e Cesinha.