Brusque empata com Joinville na estreia do Campeonato Catarinense
JEC saiu na frente com gol polêmico, Bruscão foi atrás do empate e pressionou mas não conseguiu a virada
JEC saiu na frente com gol polêmico, Bruscão foi atrás do empate e pressionou mas não conseguiu a virada
O público fez sua parte e compareceu em peso no Augusto Bauer, mas a estreia do Bruscão ficou no empate em 1 a 1. O quadricolor saiu atrás no placar com o gol de Rafael Grampola e, ainda no primeiro tempo, conseguiu o empate com Hélio Paraíba. Apesar de buscar o gol com todas as forças, o time de Paulo Baier se atrapalhou com a bola e por pouco não saiu derrotado em casa na estreia.
A partida foi realizada na noite desta quarta-feira, 16. Sobraram muitas críticas ao quadro de arbitragem principalmente em lances que a torcida acreditava ser impedimento e faltas adversárias. O JEC achou de bom tamanho o empate e, na segunda metade do segundo tempo, teve uma postura defensiva e fazendo bastante cera, com jogadores caindo no gramado o tempo todo.
As mexidas de Baier também não surtiram resultado e tiraram toda a criatividade da equipe, que sente a falta de meias. O próximo desafio do Brusque será em Tubarão, contra o Hercílio Luz, neste sábado, 19.
Gol polêmico, troco na rede
Foi em um lance questionável que o Joinville abriu o marcador e fez o primeiro gol oficial do Campeonato Catarinense 2019. Mas o Bruscão perseguiu ainda no primeiro tempo o empate. A partida não começou bem para o time da casa, que teve dificuldades na troca de passes, enquanto o JEC parecia mais ligado. Um rombo no meio-de-campo, com falta de atletas pelo setor, complicava as jogadas do quadricolor que frequentemente voltava jogadas lá para o goleiro Zé Carlos.
Aos cinco minutos, para sorte do Brusque o tricolor cruzou uma bola que passou por todo mundo, mas levou perigo. Os visitantes não conseguiam chances claras de gol, mas atacavam mais, aproveitando a desorganização dos adversários. A partir dos 14 minutos o Bruscão melhorou e começou a levar perigo ao gol de Jefferson. O arqueiro, por sinal, praticou um milagre embaixo da chuva fina que caía em Brusque, aos 17 minutos, quando um cruzamento açucarado de Weverton chegou em Hélio Paraíba, que deu o peixinho certeiro, mas viu Jefferson tirar no tapa, no susto.
Mas aos 19 minutos, logo quando o time da casa era superior, o castigo chegou. Hélio Paraíba recebeu uma bola e fez a proteção, foi derrubado, mas o árbitro nada marcou. Na sequência Nathan, em posição duvidosa, foi lançado e chutou para Rafael Grampola completar para as redes.
O time foi para cima do árbitro, mas ele não voltou atrás na decisão. A torcida descontava efusivamente a frustração daquele gol no juiz, Adriano de Souza. Mas, se não deu no grito, o Bruscão foi atrás da igualdade na bola. Quase conseguiu aos 24. Edilson passou bola por baixo das pernas do defensor e Weverton chegou chutando cruzado, quase marcando.
Aos 28, eis que pinta o gol redentor, na qualidade da jogada coletiva. Gustavo, novato e camisa 10 da equipe, foi lançado com primor, e não desistiu mesmo quando a bola parecia lhe escapar. Dominou e passou rasteiro para o miolo da área. E lá chegava na raça, na força, o artilheiro do Bruscão: Hélio Paraíba, de carrinho, empurrando junto consigo mais uns dois jogadores, mandou a bola pra rede.
Até o fim da partida o Bruscão teve mais boas chances, já ao JEC não sobrou nada. Era prenúncio de um grande segundo tempo por parte do time de camisas brancas.
Sufocos e pressão
O prenúncio, contudo, não se concretizou. O Bruscão começou pressionando, mas deixava muitos vácuos na defesa, frequentemente aproveitados por atletas do JEC. Aos 2 minutos, Nathan perdeu um gol incrível: ele foi lançado cara a cara com Zé Carlos, partiu para cima do goleiro e chutou tentando o outro canto, mas mandou para fora.
Aos 7, foi a vez do Brusque perder gol. Gustavo recebeu passe açucarado de uma bela jogada realizada na direita, de frente para o gol, e finalizou, mas Jeferson praticou mais uma de suas grandes defesas e impediu a virada quadricolor. A partir daí, Paulo Baier começou a fazer suas primeiras mexidas. Ele tirou Gustavo, único meia de ofício da equipe, apostando no volante Ruan, com características bastante semelhantes a Mineiro.
Ele também tirou Jefferson Renan, atacante, apostando no meia Luizinho. Já aos 35, em busca de gols, colocou Isac e tirou Karl. As medidas deixaram o time sem muitas opções, com muitos cruzamentos e lançamentos longos. Além disso, frequentes trapalhadas na defesa assustavam a torcida. O Coelho não marcou porque não teve competência. Como estava defensivo, o JEC conseguiu, com tranquilidade, tirar todas as investidas adversárias. Desta forma, matando as jogadas e cozinhando a partida, o Coelho pôde comemorar um ponto acumulado fora de casa, já a torcida do Brusque foi embora com o sentimento de que o time poderia ter saído vitorioso.
Brusque
Zé Carlos
Edilson
Ianson
Neguete
Airton
Mineiro
Karl (Isac)
Gustavo (Ruan)
Weverton
Jefferson Renan (Luizinho)
Hélio Paraíba
Téc. Paulo Baier
Joinville
Jefferson
João Ananias
Luan Bueno
Marlon
Tiago Costa
Leandro Bulhões
Clecio
Caique
Robert
Nathan (Daniel Gonçalves)
Grampola (Antony)
Téc: Zé Teodoro
Data: 16/01/2019
Hora: 19h
Local: estádio Augusto Bauer, em Brusque
Arbitragem: Adriano Roberto de Souza
Assistentes: Alex dos Santos, Fabiano Coelho da Silva e Paulo Roberto Nandi
Gols: Rafael Grampola (19, 1º T); Hélio Paraíba (29, 1º T)
Cartões amarelos: BRU – Neguete, Mineiro; JOI – Caique
Público: 1.863
Renda: R$ 38.900