Brusque entrega gols à Chapecoense e sofre primeira derrota no estadual
Erros do quadricolor foram decisivos; condições de trabalho no Augusto Bauer continuam insalubres
O Brusque foi o melhor amigo da Chapecoense na noite desta quarta-feira, 22, entregando os dois gols do adversário na derrota por 2 a 1 no Augusto Bauer, pela terceira rodada do Campeonato Catarinense. Mário Sérgio abriu o placar com enorme colaboração de Matheus Nogueira, mas o quadricolor ainda conseguiu empatar em golaço de falta de Diego Mathias, antes de Carvalheira fechar a conta em pane da defesa. Mateus Pivô sofreu lesão na mão, no último lance.
Estacionado com dois pontos no campeonato, o Brusque segue sem vencer a Chapecoense desde 2022.
Só Brusque
A partida começou boa para o quadricolor, que ganhava quase todos os duelos no meio-campo e ditava o ritmo.
Diego Mathias pediu pênalti aos cinco minutos. Após bela troca de passes, o camisa 27 cortou para dentro e caiu no contato com a marcação. Em vez do pênalti, o árbitro aplicou cartão amarelo por simulação.
Aos 10 minutos, Diego Mathias fez o cruzamento à meia altura na área e Paulinho Moccelin completou. A bola explodiu na trave e saiu. O quadricolor também tinha alguns chutes sem pontaria, de fora da área
Erro terrível
Aos 26 minutos, a Chapecoense abriu o placar de forma inacreditável. Ianson atrasou a bola para Matheus Nogueira. O goleiro, líder do elenco, peça-chave que tantas vezes salvou o Brusque, falhou de maneira ridícula. Furou o domínio e foi surpreendido por Mário Sérgio, que, atento, conseguiu alcançar a bola perdida para balançar as redes, já dentro da pequena área.
Desmoronando
O gol sofrido de forma tão absurda pareceu ter triturado mentalmente o Brusque. O time não conseguiu mais do que chutes com Biel e Paulinho, defendidos por Léo Vieira sem problemas.
Do outro lado, a Chapecoense não conseguia fazer nada para ampliar o placar. Mas não foi por falta de esforço do Brusque. Aos 41, Rodolfo Potiguar cobrou uma falta em cima do adversário, gerando contragolpe. O lance terminou com toque de mão brusquense. A arbitragem marcou fora da área, mas pareceu ter sido dentro.
Na saída para o intervalo, torcedores aplaudiram Matheus Nogueira, reconhecendo o goleiro apesar da falha decisiva do jogo.
Belo empate
Voltando para o segundo tempo, Filipe Gouveia colocou Serrato, Gabriel Honório e Guilherme Pira nos lugares de Paulinho, Biel e Paulinho Moccelin. O Brusque começou com passes no ataque e tentativa sem pontaria de Pira.
Contudo, a Chapecoense passou a exercer pressão. Aos cinco minutos, após escanteio, Mário Sérgio desviou de cabeça e a bola bateu na trave.
Pouco depois, foi o Brusque quem começou a atacar e a rondar a área adversária. Aos 14 minutos, Diego Mathias cobrou falta com muita categoria, por cima da barreira. Léo Vieira, que havia passado os últimos minutos fazendo muita cera, só pôde olhar.
Brusque x Brusque
O quadricolor seguiu em cima tentando o gol da virada, mas ainda sem criar grandes chances. E tinha que jogar não apenas contra a Chapecoense, mas contra si mesmo e suas bobeiras infantis.
Dentinho, que já tinha chutado com perigo de fora da área aos 24 minutos, chutou de dentro da área aos 26. Éverton Alemão bloqueou e a bola ficou viva na área. Alemão e Matheus Nogueira ficaram só olhando e Carvalheira fez o que tinha que fazer: o gol.
Sem chance
O Brusque partiu ao ataque em busca de novo empate, sem sucesso. Aos 50 minutos, Rodolfo Potiguar mandou bomba de fora da área, com perigo. Para piorar, no último lance do jogo, Mateus Pivô sofreu uma suspeita de fratura na mão e a ambulância precisou ser acionada. Um tumulto entre torcedores ocorreu minutos após o apito final.
Condições insalubres
O estádio Augusto Bauer começa a temporada 2025 com as condições precárias para a imprensa com que terminou 2024. Uma das cabines, nas quais trabalham radialistas e jornalistas, é um cubículo fechado com vidro, com uma única entrada de ar, e se torna uma sauna insalubre durante a tarde. A alta temperatura abafada era uma dificuldade extra para trabalhar nos dois primeiros jogos do Brusque.
O banheiro destinado ao setor estava trancado. Assim como em grande parte dos jogos de 2024, não há cadeiras suficientes. As que estão à disposição são muito baixas para a bancada bamba, que é construída improvisada, com uma madeira rústica.
Durante as transmissões, radialistas de Chapecó e Brusque criticaram a estrutura do estádio Augusto Bauer e as condições de trabalho a que foram submetidos. Os radialistas citavam descaso no tratamento da imprensa e lamentavam o fato de um estádio recém-reformado ter condições tão precárias.
Próximo jogo
O Brusque volta a campo às 19h30 desta quarta-feira, 22, contra a Chapecoense, no estádio Augusto Bauer. O Avaí vai a Nova Veneza, também na quarta-feira, para enfrentar o Caravaggio no Estádio da Montanha, às 19h.
Brusque 1×2 Chapecoense
Campeonato Catarinense
3ª rodada
Quarta-feira, 22 de janeiro de 2025
Estádio Augusto Bauer
Público: 2.125
Renda: R$ 49.180
Brusque: Matheus Nogueira; Mateus Pivô, Ianson, Éverton Alemão, Jhanpol Torres; Rodolfo Potiguar, Paulinho (Serrato); Diego Mathias, Biel (Gabriel Honório) , Paulinho Moccelin (Guilherme Pira); Pollero (Robson Luiz)
Técnico: Filipe Gouveia
Chapecoense: Léo Vieira; Mailton (Gabriel Inocêncio), Bruno Leonardo, Doma, Mancha (Walter Clar); Bruno Matias, Vinícius Balieiro; Eduardo Person (Dentinho), Carvalheira; Mário Sérgio (Jhonnathan) e Marcinho (Italo).
Técnico: Gilmar Dal Pozzo
Gols: Diego Mathias; Mário Sérgio, Carvalheira.
Cartões amarelos: Diego Mathias, Ianson; Bruno Matias, Mailton, Marcinho.
Trio de arbitragem: Igor da Silva Albuquerque, auxiliado por Thiaggo Americano Labes e Felipe Aderaldo da Conceição
Quarto árbitro: Tiago Soares dos Santos
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