Prefeitura de Brusque/Divulgação
Brusque está em situação de alerta após crescimento dos casos de dengue em Santa Catarina
Mutirões de limpeza, pulverizações e fiscalizações sanitárias foram intensificadas nas últimas semanas
Após a explosão de casos de dengue em Joinville e na Grande Florianópolis, Brusque está em estado de alerta. Além disso, Santa Catarina se encontra em situação de emergência, conforme o decreto estadual assinado no último mês pela Secretária de Estado de Saúde, Carmen Zanotto.
No município, os números também estão crescendo em abril. Conforme o último relatório, Brusque chegou a 35 casos confirmados em 2023, sendo 15 somente na última semana. Além disso, há outros 19 casos em investigação. Nenhuma pessoa está internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), e quatro pacientes fazem tratamento em enfermaria hospitalar.
Por esse motivo, a Vigilância Epidemiológica de Brusque, em parceria com a Vigilância Sanitária do município, intensificou as fiscalizações e mutirões de limpeza. De acordo com a diretora de Vigilância em Saúde, Carol Maçaneiro, em alguns casos se faz necessária a aplicação de multas.
Além disso, as pulverizações em pontos estratégicos do município também foram intensificadas, especialmente perto das residências em que foram diagnosticados casos positivos de dengue, sendo feita a pulverização em um raio de 150 metros.
Atenção é importante
No primeiro trimestre de 2023, Brusque registrou apenas nove casos de dengue. No entanto, a situação foi muito melhor do que o mesmo período de 2022, quando foram contabilizados 776 casos da doença no município.
“Se for comparar hoje com o ano anterior, observamos que estamos numa situação confortável. No último ano, em março de 2022 fechou com 763 casos. Esse ano a gente fechou o mês de março com seis casos. Se comparado ao ano anterior, hoje estamos com a doença controlada no município, mas mesmo assim não dá para baixar a guarda. Precisamos manter a vigilância em todas as atividades no combate da própria proliferação desse mosquito”, salienta a diretora.
A profissional ainda reforça que os casos que precisam de internação são os mais graves e que apresentam sinais como, por exemplo, dor abdominal, vômitos persistentes, acúmulo de líquidos (ascite, derrame pleural, derrame pericárdico), letargia ou irritabilidade, sangramento de mucosa, entre outros.
Apoio da população
A diretora ainda comenta que a campanha contra a dengue também deve ser intensificada na mídia, com chamadas para que a população mantenha os terrenos limpos, sem acúmulo de lixo que podem ter água parada, servindo de criadouros do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya.
Outro ponto analisado pela diretora são os vasos de flores nos cemitérios, que também acumulam água e incentivam a proliferação do mosquito. “É um alerta que nós demos no ano passado e vamos reforçar neste ano novamente”.