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Brusque está entre a 100 cidades com população mais rica do Brasil, diz estudo da FGV

Pesquisa "Mapa da Riqueza" foi realizada com municípios com mais de 50 mil habitantes no país

Colaboraram Alice Kienen e Isabel Lima

Brusque está entre as 100 cidades mais ricas do Brasil, de acordo com estudo da Fundação Getúlio Vargas Social (FGV Social).

Segundo a pesquisa “Mapa da Riqueza”, realizada com as cidades com mais de 50 mil habitantes, o município ocupa a 85ª posição no ranking, com renda média mensal de R$ 1.817,54. Já o patrimônio líquido médio da população de Brusque, de acordo com o estudo é de R$ 86.542,24. Ainda de acordo com a pesquisa, a cidade ocupa a 11ª posição entre as cidades de Santa Catarina presentes no ranking.

O estudo também mostra que 21,70% da população de Brusque declarou Imposto de Renda. A renda média dos declarantes é de R$ 8.375,89, Já o patrimônio líquido médio dos moradores do município que declaram imposto de renda é de R$ 398.819,00, de acordo com a FGV Social.

A pesquisa

A pesquisa “Mapa da Riqueza” foi norteada pelas seguintes perguntas: “Onde estão os mais ricos no Brasil? Como a pandemia afetou a desigualdade entre pessoas e a distribuição geográfica da riqueza da nação?”, os pesquisadores reuniram dados de Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) para analisar as disparidades econômicas no país.

Através da união da base de dados do Imposto de Renda das Pessoas Físicas (IRPF) de 2020 com a da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad Contínua), foi possível visualizar as regiões do Brasil e entender a riqueza de cada população.

Para entender o estudo, é preciso saber que o índice de Gini, utilizado para medir as desigualdades, funciona da seguinte forma: quanto mais perto de 1 está o índice, maior é a desigualdade. Em 2020, o Gini chegou a 0.7068, bem acima dos 0,6013 calculados pela Pnad contínua.

Conforme o estudo, mesmo com o Auxílio Emergencial, ao contrário do que se acreditava, a desigualdade brasileira não caiu durante a pandemia. Isso porque as perdas dos mais ricos foram menos da metade das da classe média brasileira, a grande perdedora da pandemia.

As mais ricas

Nas primeiras cinco colocações do ranking de cidades com mais de 50 mil habitantes estão: Nova Lima (MG), Santana de Parnaíba (SP), São Caetano do Sul (SP), Florianópolis (SC) e Niterói (RJ).

A capital Florianópolis está na parte superior da tabela que considera todos os municípios do país, ocupando o 6º lugar, com R$ 4.214,67. Dentro de Santa Catarina, Blumenau ocupa a 5ª posição entre todos os municípios do estado.

Florianópolis também é a capital com maior renda média das capitais, seguida de Porto Alegre (RS), Vitória (ES), São Paulo (SP), Curitiba (PR) e Brasília (DF).

Outros municípios

Além de Brusque, outras cidades da região estão entre as 100 mais ricas do país com mais de 50 mil habitantes.

Balneário Camboriú ocupa a 16ª colocação, com renda média mensal de R$ 3.028,63. Mais abaixo, na posição 31, está Jaraguá do Sul, com R$ 2.392,79 de renda média mensal. Blumenau vem logo atrás, na posição 36, com 2.392,79 de renda média. Itapema está na posição 54, com R$ 2.064,38 de renda média mensal.

Chapecó ocupa o 60º lugar, com R$ 2.021,64. Na 67ª posição está São José, com R$ 1.922,86, seguido de Concórdia na 72ª posição, com R$ 1.876,95 e Rio do Sul na 73º, com R$ 1.874,68. Itajaí está em 75º posição, com renda média mensal de R$ 1.866,97. No 89º lugar está Tubarão, com R$ 1,801,60.

Municípios de capitais mais pobres

Os municípios com menores rendas mensais média entre as suas populações estão concentrados no Norte e Nordeste. Em Ipixuna do Pará (PA), a renda média é de R$ 71 por mês, a cidade está na colocação mais baixa do ranking dos municípios com mais de 50 mil habitantes. Em seguida estão Viseu (PA), Granja (CE), Buíque (PE), Vargem Grande (MA) e Rurópolis (PA).

A capital do Brasil com menor renda média é Macapá (AP), com R$ 980 por mês. Seguida da capital do Amapá está Manaus (AM), Rio Branco (AC), Boa Vista (RR), Porto Velho (RO) e Maceió (AL).


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