Brusque se reúne com prefeitura para discutir possibilidades de estádio próprio
Intenção do clube é que terreno no Complexo Chico Wehmuth seja 'trocado' por outro em região mais central
Intenção do clube é que terreno no Complexo Chico Wehmuth seja 'trocado' por outro em região mais central
A diretoria do Brusque se reuniu na tarde desta segunda-feira, 22, com o prefeito Ari Vequi, para discutir as possibilidades de construção de um estádio para que o clube possa disputar a Série B de 2022 dentro do município. O encontro reuniu integrantes de diretoria do Brusque e representantes do Executivo e do Legislativo municipais.
Clube e prefeitura estão procurando formas de fazer com que o terreno para a construção do estádio esteja localizado em uma região mais central de Brusque. Atualmente, o Brusque Futebol Clube tem um terreno no Complexo Chico Wehmuth, na localidade da Volta Grande, bairro Bateas. Está em vigor, desde 2019, uma concessão municipal de 20 anos, renováveis por mais 20, para que o clube utilize a área de cerca de 72 mil metros quadrados.
A princípio, a hipótese levantada seria a Prefeitura de Brusque vender o terreno na Volta Grande e adquirir outro, para voltar a fazer a concessão ao clube. A principal opção em vista é a estrutura do Sesi, na rodovia Antônio Heil. A Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc) já manifestou há meses a intenção de vender o local. O desafio da prefeitura e do clube está em tornar esta transição legalmente viável.
A definição sobre estádio para o próximo ano deverá ser o maior desafio de infraestrutura da história do clube, independentemente se o desfecho for a construção de um estádio ou a mudança para Florianópolis ou Joinville para disputar a Série B. Os prejuízos seriam financeiros, por conta dos altos custos logísticos, e também técnicos, pois seria uma temporada inteira de jogos fora de casa.
O presidente Danilo Rezini afirma que a questão do terreno é um primeiro passo, e que depois ainda precisarão ser definidos os termos da construção do estádio, e quem deverá construi-lo. Para o dirigente, o momento é de unir forças na cidade para viabilizar a construção, que, hoje, não é dever de agentes externos.
Uma nova reunião com a Prefeitura de Brusque deve ser realizada nesta sexta-feira, 26.
O Brusque pôde disputar partidas da Série B no Augusto Bauer graças às restrições de público por conta da pandemia de Covid-19. Em modo normal, os estádios da Série B precisam ter capacidade mínima de 10 mil lugares. Em 2022, o Tombense-MG terá o mesmo problema.
A Série B do Campeonato Brasileiro de 2022 tem início previsto em 9 de abril.
Paralelamente à questão de estádio para a Série B, há a questão de estádio para a disputa do Campeonato Catarinense. O Brusque negocia com o Carlos Renaux, e uma nova reunião deve ser realizada nesta quarta-feira, 24. A diretoria também tem se preparado para um plano de emergência caso não haja acordo, mas o presidente Danilo Rezini afirma que o foco do clube é permanecer em Brusque e se manter próximo do torcedor.
O Brusque precisou fazer diversos investimentos, individualmente e em parcerias recentes, principalmente com a Havan, para tornar o Augusto Bauer apto a receber as competições que disputa: estão inclusos a instalação do novo gramado com sistema de irrigação, em janeiro de 2020; a nova iluminação, instalada no primeiro semestre; a adaptação de vestiários e construção de cabines de imprensa extras, entre outros. Em outubro, a diretoria do Carlos Renaux, clube proprietário do Gigantinho, manifestou insatisfações com alguns pontos do acordo que está vigente até o fim de 2021.