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Brusque gera quase mil vagas de emprego entre janeiro e maio

Números do Caged mostram que, desde abril, empresas contrataram mais do que demitiram, no município

Os dados do Ministério do Trabalho e Previdência Social, divulgados no fim da última semana, mostram que os cinco primeiros meses do ano foram positivos na geração de empregos em Brusque. Desde o começo do ano, mais de 900 novos postos foram abertos, números que contrastam com o cenário de fortes demissões registrados no ano passado.

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Do ponto de vista da geração de empregos, 2015 foi desastroso para o município, já que mais de 3 mil postos de trabalho foram fechados, o maior saldo negativo da década. Até maio deste ano, porém, foram criados 914 novos postos de trabalho, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).

O setor empresarial é cauteloso ao avaliar o atual cenário, visto que os números não são tão elevados, em comparação com anos anteriores a 2015, quando o município ainda surfava numa onda anti-crise. Porém, há otimismo, sobretudo por causa do fortalecimento do têxtil nacional vislumbrado para este ano.

O presidente da Associação Empresarial de Brusque (Acibr) Halisson Habitzreuter, avalia que há uma recuperação do setor em evidência, devido ao freio às importações, com a estabilização do dólar alto.

Ele diz que o que se nota pelo setor empresarial é que essa estabilização do câmbio impulsionou a produtividade no setor têxtil local, o qual, por sua vez, passou a contratar mais neste ano, esse é, para ele, o setor mais visível onde há uma recuperação de mercado.

Para a Associação Brasileira da Indústria Têxtil (Abit), o setor deve ter um crescimento de 4,9% no faturamento neste ano. Essa instituição também considera que a disparada da cotação do dólar desde 2015 deve ser a maior responsável, porque tende a diminuir as importações e dar fôlego para os fabricantes nacionais, mesmo diante da queda no consumo provocada pela crise.

Só em maio, segundo o Caged, quase 200 novos postos de trabalho foram abertos. Dos setores produtivos, a indústria foi quem puxou o saldo positivo no primeiro semestre, com a maior geração de empregos em Brusque, seguida do comércio.

Ainda não há, por parte dos empresários, prognósticos sobre a manutenção deste cenário até o fim do ano. Isso porque, no ano passado, até maio, a economia do município, em dados, também apresentava números positivos, mas no segundo semestre, com estimativas de fechamento dos vermelhos, demissões em massa atingiram o município.


Rotatividade no setor público

Os números do Caged demonstraram ainda uma alta rotatividade no setor público de Brusque, isto é, empregados dos governos municipal, estadual e federal. Nos cinco primeiros meses do ano, foram demitidos 309 funcionários, e contratados 851.

A maior parte deve-se aos que prestaram concursos públicos realizados pela prefeitura no passado, e que neste ano foram chamados pelo governo interino de Roberto Prudêncio Neto, sobretudo para as áreas de educação e saúde.

Números contrastantes

Na região, os números não tão animadores para alguns municípios. Botuverá, por exemplo, teve mais demissões do que admissões: foram fechados 124 postos de trabalho do começo do ano até agora. Já em Guabiruba, desde o começo do ano foram abertos 134 novas vagas, sendo que o município vem mantendo, em todos os meses, mais admissões do que demissões.