Brusque já registrou 13 mortes no trânsito em 2021; comandante da PM avalia números
Em 2020, município registrou 20 óbitos em acidentes, sendo a maioria motociclistas
Em 2020, município registrou 20 óbitos em acidentes, sendo a maioria motociclistas
Até o início de novembro, Brusque já registrou 13 mortes em acidentes de trânsito neste ano. Destes óbitos, sete vítimas eram motociclistas, cinco conduziam carros e um era pedestre. No entanto, em 2020 foram registradas 20 mortes no trânsito, sendo 16 vítimas motociclistas.
O tenente-coronel Otávio Manoel Ferreira Filho, comandante do 18º Batalhão de Polícia Militar de Brusque, explica que apesar de o ano ainda ter dois meses, os números estão menores, se comparados com 2020. No entanto, o número de mortes está mais concentrado no segundo semestre neste ano.
Ele explica que por volta de 2010 e 2012, Brusque tinha a média de 28 a 34 óbitos por ano. Em 2013, o município teve o ápice de melhor resultado, com apenas 15 mortes no trânsito.
“Esse ano é capaz que nós igualamos, ou quem sabe até batemos em 2013. O número de óbitos de trânsito para Brusque para a atual realidade não está ruim. Eu classificaria até como um número aceitável, não vou dizer bom porque o ideal é que não tivesse nenhum obviamente”, afirma o comandante. Ele acrescenta que de acordo com a realidade histórica de Brusque, “não dá para reclamar” dos números de 2021.
Apesar disso, o tenente-coronel comenta que há muitos itens que devem melhorar no trânsito de Brusque. “Nós temos vários abusos ainda, principalmente praticados por veículos de duas rodas, que é a moto. Tanto que a maioria dos óbitos são provenientes desse veículo, que é o nosso grande vilão”, pontua.
O comandante comenta que a maioria dos acidentes com morte no trânsito ocorrem devido à falta de respeito a sinalização por parte dos motoristas. “Raramente são motivos de força maior, ou problema mecânico. Isso é raro. Geralmente é o fato álcool e drogas, ou o fator imprudência com condutor irresponsável, imaturo e desrespeitoso de uma forma geral”.
Otavio comenta que esse é o caso de alguns motociclistas de Brusque. “Parece que eles não têm amor a vida, acham que tem sete vidas, pois andam igual loucos no meio dos veículos. Então eu diria que esse é o principal fator, tanto que a maioria que morre ainda são motociclistas”, pontua.
Segundo o tenente-coronel, a frota de motocicletas de Brusque hoje gira entorno de 22% do número total de veículos. No entanto, os óbitos de pessoas que conduziam motos ficam entre 60% a 80%, conforme o histórico de acidentes do município.
“Isso mostra que esse pessoal que anda de moto, que geralmente são mais jovens, pessoas mais imaturas, abusam do veículo, da velocidade e da imaturidade que eles ainda possuem, infelizmente”, destaca.
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