Em jogo alucinante com sete gols, Brusque vence Náutico e torcida festeja no Augusto Bauer
Tony, Luizão, Maurício Garcez e Jhon Cley marcaram para o Bruscão
Em jogo alucinante com sete gols, Brusque vence Náutico e torcida festeja no Augusto Bauer
Tony, Luizão, Maurício Garcez e Jhon Cley marcaram para o Bruscão
- 02/11/2021
- 20:54
Em um jogo completamente enlouquecedor, o Brusque venceu o Náutico por 4 a 3 na noite desta terça-feira, 2, no estádio Augusto Bauer, pela 33ª rodada da Série B do Campeonato Brasileiro. Tony, Luizão, Maurício Garcez e Jhon Cley marcaram para o Bruscão, enquanto Rafael Ribeiro, Caio Dantas e Jean Carlos fizeram os gols do Timbu.
O quadricolor segue fora do Z-4, com 38 pontos, enquanto o Náutico praticamente dá adeus às chances de acesso.
É o terceiro jogo consecutivo com o Brusque sofrendo três gols. Desde 28 de março o time não marcava quatro vezes num mesmo jogo: foi num 4 a 0 sobre o Juventus, pela sexta rodada do Catarinense.
Antes do início da partida, uma iniciativa louvável por parte do Brusque: os jogadores do quadricolor entraram em campo com uma faixa de incentivo aos torcedores para que tomem a segunda dose da vacina contra a Covid-19.
Com público total de 998 pessoas, a partida teve o recorde no quesito desde que a torcida voltou ao Augusto Bauer, em 24 de setembro.
Mau começo
O placar foi aberto logo aos cinco minutos. Após cobrança de falta com a bola alçada na área, a bola sobrou para Caio Dantas. O camisa 99 aproveitou a defesa desarrumada e chutou forte, no alto, para fazer 1 a 0 para o Timbu.
Apesar do gol, o Brusque não se abateu, e passou a buscar o empate imediatamente com boas chances. Aos 10, Jhon Cley bateu forte, colocado, rasteiro, e Anderson fez bela defesa. No rebote, já sem ângulo, Tony mandou para fora.
Empate
Contudo, o substituto de Edu tratou de marcar o gol na outra oportunidade que teve. Aos 14, recebeu belo passe de Rodolfo Potiguar. Pressionado pela marcação, avançou cara a cara com Anderson e mandou por baixo das pernas do goleiro.
O domínio da partida passou a ser brusquense. O quadricolor conseguia se manter em cima, no campo de ataque, e estava mais próximo do segundo gol do que o Náutico, que tinha dificuldades no meio-campo.
Água fria
Apesar do bom momento do Brusque, o Náutico foi quem chegou ao segundo gol, novamente em uma sobra de bola parada. Após escanteio, Caio Dantas conseguiu a finalização, Ruan Carneiro defendeu à queima-roupa e a bola ficou viva na pequena área. O zagueiro Rafael Ribeiro foi mais rápido que a marcação e mandou para o fundo das redes.
Resposta rápida
A torcida, ainda que desconfiada por mais uma vez ter o time com a defesa vazada tantas vezes, não parou de apoiar. E o Brusque conseguiu um novo empate, aos 31. O garçom Airton cobrou falta levantando com maestria no segundo poste. Luizão se esticou tanto que alcançou e mandou para o gol de pé direito, surpreendendo Anderson. O zagueiro chegou a se lesionar no lance e foi imediatamente substituído por Ianson. Foi ovacionado pela torcida.
Loucura
Com o apoio imparável dos torcedores, reanimados após novo empate, o Brusque seguiu em cima. Garcez quase virou aos 33, cabeceando bem após cruzamento pela direita, mas a bola passou ao lado. Pouco depois, teve início uma pressão enorme sobre o Náutico.
Aos 36, Airton cobrou falta rasteira, com uma bomba. Anderson defendeu dando rebote, Jhon Cley finalizou, houve desvio e foi escanteio. O árbitro esperou a revisão do VAR, que não viu pênalti no desvio feito pela defesa do Náutico.
Airton e Zé Mateus rondaram a área com dois escanteios perigosos. No terceiro, Zé Mateus cobrou com categoria no primeiro poste, Ianson desviou e Garcez finalizou da pequena área. O Gigantinho foi à loucura absoluta, aos 39.
E o quarto gol quase veio. Aos 41, Garcez fez excelente cabeceio e Anderson fez uma defesaça, mas era marcado impedimento. Aos 45, Jhon Cley recebeu bela bola no meio, teve liberdade e mandou uma bomba rasteira, que passou rente ao poste direito de Anderson.
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Sem descanso
Se o torcedor esperava alguma paz para o segundo tempo, bastaram oito minutos para a apreensão voltar de vez. Em uma cobrança de lateral para a área, Ianson afastou muito mal de cabeça. A bola mal saiu da área, Jean Carlos pegou a sobra livre de marcação e fuzilou, com Ruan Carneiro pouco podendo fazer: 3 a 3.
A partida ficou completamente em aberto. O Náutico conseguiu se aproximar de uma virada, com destaque para uma cobrança de falta de Júnior Tavares, que passou muito perto do travessão. Em contra-ataque, Jhon Cley arriscou de fora, mas Anderson esteve atento para encaixar. Ao Brusque, faltava o passe certo para criar uma chance decisiva, ou mais frieza na hora de definir a jogada.
Jhon Cley brilha
O Gigantinho explodiu aos 26 minutos do segundo tempo, na esperança de ter um pouco mais de tranquilidade. Garcez partiu pela ponta esquerda, cruzou rasteiro e encontrou Jhon Cley, que completou para o fundo das redes.
Mas a torcida voltou a ter sustos. Aos 32, Trindade chegou à linha de fundo e cruzou. Ruan Carneiro só tocou na bola, e Caio Dantas ainda conseguiu o cabeceio, com o gol aberto, mas a bola foi para fora.
A partida seguia tensa e totalmente indefinida, com a torcida sentindo cada lance. Contudo, com o passar do tempo, o Náutico perdia fôlego e organização no ataque. Os dois times ainda trocaram golpes e contragolpes, mas o placar permaneceu intacto até o minuto final. Nos últimos instantes, a torcida foi à loucura no Augusto Bauer. Ianson fez um belo desarme sobre Jean Carlos e Ruan Carneiro segurou o último chute. Festa absoluta em Brusque.
Próximo jogo
O Brusque enfrenta o Confiança às 19h deste sábado, 6, no Batistão, em Aracaju. A partida é válida pela 34ª rodada da Série B.
Brusque 4×3 Náutico
Campeonato Brasileiro – Série B
33ª rodada
Terça-feira, 2 de novembro de 2021
Estádio Augusto Bauer
Público total: 998
Renda bruta: R$ 27.280
Brusque: Ruan Carneiro; Toty, Luizão (Ianson 33′-1ºt), Éverton Alemão, Airton; Zé Mateus, Rodolfo Potiguar, Fillipe Soutto (Bruno Alves 19′-2ºt); Jhon Cley (Evandro 41′-2ºt), Maurício Garcez (Thiago Alagoano 41′-2ºt); Tony (Foguinho 19′-2ºt).
Técnico: Waguinho Dias
Náutico: Anderson; Thássio (Trindade 26′-2ºt), Camutanga, Rafael Ribeiro, Júnior Tavares; Rhaldney (Paiva 36′-2ºt), Matheus Jesus (Marciel 26′-2ºt); Jailson (Álvaro 9′-2ºt), Jean Carlos, Vinícius; Caio Dantas.
Técnico: Hélio dos Anjos
Trio de arbitragem (MG): Felipe Fernandes de Lima, auxiliado por Ricardo Junio de Souza e Fernanda Nândrea Gomes Antunes (FIFA).
Árbitro de vídeo: Igor Junio Benevenuto de Oliveira (FIFA)
Gols: Tony (14′-2ºt), Luizão (31′-2ºt), Maurício Garcez (39′-2ºt) e Jhon Cley (26′-2ºt); Caio Dantas (5′-1ºt), Rafael Ribeiro (28′-1ºt) e Jean Carlos (8′-2ºt).
Cartões amarelos: Hélio dos Anjos, Jean Carlos, Rhaldney e Camutanga; Éverton Alemão.
Estatísticas
Posse de bola: 49% x 51%
Finalizações: 20×14
Chutes a gol: 9×6
Escanteios: 7×3
Impedimentos: 3×0
Faltas: 16×20
Cartões amarelos: 1×3
Fonte: SofaScore
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