Brusque ocupa 11ª posição no ranking estadual de consumo residencial de energia
Foram 132.701 megawatt-hora (mWh) consumidos nas casas em 2018
Foram 132.701 megawatt-hora (mWh) consumidos nas casas em 2018
O município de Brusque ocupa a 11ª no ranking estadual de consumo residencial de energia elétrica, com um total de 132.701 megawatt-hora (mWh) consumidos por casas em 2018.
De acordo com dados da Celesc, o consumo total aumentou no município nos últimos dez anos. No entanto, também cresceu o número de unidades consumidoras. Em 2008 haviam 31. 643 unidades do tipo residencial. Em junho de 2018, o número era de 46.675, o que representa um aumento de 47,5%.
Se o tanto de unidades residenciais em 2008 era de 31.643, e o consumo era de 87.671,27 MWh, cada uma consumiu aproximadamente 2,77 MWh. Em 2018, o consumo total de 132.700,79 MWH dividido pelas 46.675 unidades resulta em aproximadamente 2,8 MWh por residência. Ou seja, o consumo residencial aumentou apenas 1% em todos esses anos.
Os dados chamam mais a atenção quando analisados por período. No primeiro semestre do ano o consumo é sempre maior emrelação ao segundo.
O gerente regional da Celesc, Claudio Varella, explica que muitas vezes a queda ocorre exclusivamente por conta de um período, que no caso do segundo semestre seria após o dia 20 de dezembro, quando muitas pessoas entram de férias e acabam viajando e não consumindo energia em casa.
Além disso, o consumo maior no primeiro semestre pode ser explicado pelo alto consumo entre janeiro e março. Com as altas temperaturas, os aparelhos tendem a utilizar mais energia e também tem o consumo com ar-condicionado e ventilador.
Como diz o ditado, “luz que se apaga, não se paga” e assim fazem alguns brusquenses. Iara Cruz mora em um apartamento com o marido, no bairro Cedrinho, em Brusque. O único eletrodoméstico que fica ligado 24 horas por dia é a geladeira, os demais aparelhos ficam desligados quando não estão em uso.
Ela também apaga as luzes dos ambientes e deixa tudo apagado quando sai de casa. “Sempre tive esses hábitos”, afirma. Além disso, ela não tem ar-condicionado e no verão usa apenas o ventilador durante a noite. Esses costumes geram um gasto de R$ 60 por mês com a conta de luz.
No entanto, Iara relata que já aconteceu da fatura dar R$ 60 em um mês e no seguinte R$ 120, mas não observou o consumo, se aumentou ou permaneceu o mesmo. “Fui no relógio ver se tinha gato, mas não tinha. Imagino que seja erro do pessoal que faz a leitura”, diz.
O gerente regional da Celesc diz que essa mudança pode ter ocorrido por conta da bandeira tarifária do mês. Se não, pode ter acontecido de a leitura ser feita quando o número do medidor ainda não tenha virado por completo e o leitor precisa colocar o número pra frente, o que dá a diferença do consumo e consequentemente de valor.
Na casa de Adelmo José Coelho, no bairro Santa Luzia, o consumo de três pessoas gera um gasto com energia de R$ 90 por mês. O segredo está na economia na hora do banho. Adelmo instalou um sistema de aquecimento de água por meio do fogão a lenha, o que dispensa o uso de chuveiro elétrico.
O sistema rende uma economia de aproximadamente R$ 120 por mês. “Eu fiz tudo, do começo ao fim”, conta. A água passa por uma serpentina, instalada no fogão, e quando a esposa dele faz o almoço, o fogo aquece a água, que vai para uma caixa d’água térmica.
Adelmo conta que na maioria das vezes tem água quente suficiente até o outro dia de manhã. Além dessa solução alternativa, o morador também colocou lâmpadas de led na casa, para economizar mais. “Tá mais do que bom”, diz Adelmo.
Varella avalia que se a família economiza com o banho, o consumo de apenas R$ 90 está dentro dos padrões.
O gerente regional atenta para a bandeira tarifária, que pode determinar custos mais altos, mesmo que o consumo seja o mesmo.
A cada mês, as condições de operação de geração de energia elétrica são reavaliadas pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) para determinar a previsão de geração hidráulica e térmica, além do preço de liquidação da energia no mercado de curto prazo.
A partir dessas informações, tem-se uma previsão de custos a serem cobertos pelas bandeiras, que vão definir a previsão de variação do custo da energia em cada mês. Confira:
A divulgação da bandeira do mês seguinte é divulgada conforme a data de realização das reuniões, no site da Aneel: www.aneel.com.br.
Para diminuir o consumo de energia e economizar na conta de luz, é preciso adotar alguns hábitos, como apagar as luzes dos ambientes ao sair e desligar os aparelhos da tomada quando não estiverem em uso. Varella diz que a televisão, só estando na tomada consome o suficiente pra representar entre R$ 6 e R$ 8 da conta de luz.
Conforme dados coletados por meio do simulador de consumo da Celesc, uma família de quatro pessoas, com banhos de 15 minutos cada, gasta em média R$ 77,51 apenas com o uso do chuveiro. Se o banho for reduzido para dez minutos, o gasto diminui para R$ 51,68.
A Aneel orienta que os consumidores utilizem eletrodomésticos, motores e lâmpadas que tenham o selo do Procel, pois são mais eficientes e gastam menos energia. Além disso, diz para substituir as lâmpadas incandescentes pelas fluorescentes compactas ou circulares.
O gerente regional da Celesc aconselha que no fim de ano, se o consumidor for viajar, deixe a geladeira vazia e tire da tomada. Também diz para que os aparelhos sejam tirados da tomada, assim como disjuntor geral, tanto para economizar quanto para manter a segurança da casa.