Brusque perde para Ceará e está eliminado da Copa do Brasil
Partida teve mais de uma hora de atraso por problema em um poste de refletores do Carlos Renaux
Partida teve mais de uma hora de atraso por problema em um poste de refletores do Carlos Renaux
Fim da linha para o Brusque na Copa do Brasil. O quadricolor perdeu para o Ceará por 1 a 0 dentro do Augusto Bauer, em jogo que cortou a madrugada brusquense. O sufoco já começou antes mesmo de a bola rolar. Isso porque um dos quatro postes de refletores do Augusto Bauer se negava a acender.
A partida iniciou apenas às 23h, e cortou a madrugada. Durante a tentativa de restabelecimento da energia, um dos profissionais que estava no local levou um choque. Ele estava descendo a escada e sofreu a descarga já no último degrau, quase chegando ao chão. Ele sofreu uma luxação no braço, foi encaminhado ao Hospital Azambuja e já deixou o hospital, consciente e passa bem.
Dos sonhos ao pesadelo
O Bruscão tomou o caminho contrário dos refletores defeituosos do Augusto Bauer. A equipe começou iluminada, e aos poucos foi perdendo o brilho. Foi um começo de partida do jeito que a torcida esperava. Dominou o jogo nos primeiros minutos, trocou bola e chegou a obrigar Éverson a trabalhar. Mas uma reviravolta na reta final da primeira etapa dificultou demais a vida do quadricolor. Foi justamente de um dos atletas mais experientes do elenco que o problema foi gerado: Antônio Carlos.
Antes disso, muita água já havia rolado. Aos 10 minutos, Carlos Alberto assustou o alvinegro. Em uma boa bola alçada pela esquerda, o volante chegou completando desajeitado, mas Éverson estava na bola e defendeu. Aos 18, o goleirão do Ceará enfrentou Carlos Alberto mais uma vez: após boa bola enfiada por João Carlos, o volante arriscou de primeira, mas Éverson segurou.
Mas principalmente depois dos 20 minutos, o jogo mudou de figura. Elton conseguiu ganhar um lançamento sozinho e chutou contra Dida, que, fechando o ângulo, conseguiu evitar o gol. Aos 27, Dida mais uma vez operou um verdadeiro milagre: a defesa quadricolor permitiu uma troca de passes e a chegada de Felipe Azevedo, que livre bateu em direção às redes, mas o goleiro desceu lá para defender.
O jogo teve uma continuidade morna na sequência, com o Brusque tendo muita dificuldade para criar jogadas e o Ceará esperando o erro adversário. E ele aconteceu. Antônio Carlos, que havia levado um cartão amarelo aos 38 do primeiro tempo, aos 44 cometeu mais uma falta semelhante, recebendo a maior punição e sendo expulso de partida.
Pingo tirou Rafinha e colocou o zagueiro Cleyton, e o elenco conseguiu segurar o empate até o fim do primeiro tempo.
Petardo silenciador
Com o regulamento embaixo do braço e o empate que já era a seu favor, o Vovô foi administrando e cozinhando a partida. Com o tempo, contudo, ao perceber que o Brusque não conseguia efetuar os ataques, o Ceará descobriu que poderia arriscar mais.
E foi aí que entrou a qualidade de um clube de Série A. Rafael Carioca marcou um lindo gol no Gigantinho. Ele recebeu da intermediária, vislumbrou a oportunidade, calibrou o pé e mandou o petardo. Nem mesmo Dida, o milagreiro do Bruscão, deu jeito no chutaço: bola no cantinho.
O Gigantinho se calou no momento do gol. O difícil foi se tornando impossível, decretado no apito final de Marcelo de Lima Henrique. Mesmo assim, a torcida aplaudiu os dez jogadores que finalizaram a partida horando a camisa quadricolor. Agora o Bruscão foca em voltar a disputar a importante competição, dentro do Campeonato Catarinense.