Cristóvão Vieira / Marcos Borges / Arquivo O Município

Brusque poderá ter duas UTIs Neonatais ainda em 2019

Hospital Imigrantes já tem estrutura e espera inaugurar no primeiro semestre; Azambuja pode ter no segundo semestre

Atualmente sem nenhuma Unidade de Terepia Intensiva (UTI) Neonatal, Brusque vive a expectativa de contar, no mesmo ano, com duas estruturas capazes de atender aos recém-nascidos. Tanto a direção do Hospital Imigrantes quanto a do Hospital Azambuja trabalham para que o atendimento de alto risco, almejado pela comunidade, seja proporcionado em breve no município.

O Imigrantes está mais avançado neste processo. A estrutura da UTI já está pronta, restando alguns ajustes para que o espaço possa ser, enfim, inaugurado. Segundo a gerente de operações do hospital, Fernanda Rodrigues, o foco agora é na contratação de equipe e na liberação por parte da Vigilância Sanitária.

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Na administração anterior, ainda sob o nome de Hospital Evangélico de Brusque, foi inaugurada uma UTI Neonatal em 2014 – a primeira de Brusque – , porém o espaço foi fechado apenas dois anos depois junto com a UTI adulta.

Atendimento pelo SUS
O atendimento em uma UTI Neonatal é considerado de alta complexidade. Para credenciar pelo SUS, existe um longo procedimento de avaliação. Por ser uma Sociedade Anônima (SA), o Hospital Imigrantes atenderá, com sua UTI Neonatal, a particulares e convênios.

Contudo, existe uma possibilidade para que pacientes possam ser atendidos via SUS, conforme explica Fernanda. “O que pode ser feito é a negociação de pacotes com a prefeitura de Brusque. Não seria um processo de credenciamento pelo SUS, e sim uma negociação da venda do serviço”.

Já no Hospital Azambuja, o interesse é pelo credenciamento com o SUS. Segundo Evandro Roza, administrador do hospital, no momento existem outras prioridades, mas a UTI Neonatal está mais próxima do que nunca de se tornar uma realidade. “Estamos focados no Centro de Hemodinâmica e também nas reformas, tanto do centro cirúrgico quanto na ala de emergências do hospital, mas a UTI Neonatal é também uma de nossas prioridades”.

O diretor do hospital, padre Nélio Schwartz, lembra que estes investimentos só foram possíveis devido à doação de empresários locais. “Foi uma iniciativa importante. No ano passado, ninguém falava em UTI Neonatal, e agora está dentro do nosso cronograma”. A princípio, as doações seriam para o Centro de Hemodinâmica, mas tomaram proporção maior, já que atingiram R$ 5,5 milhões.

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Conforme revela Roza, o credenciamento junto ao SUS deve ser rápido. “O projeto está pronto, temos aprovação da vigilância sanitária, e quanto ao credenciamento, devido à demanda estadual, devemos conseguir com mais facilidade. Inclusive o governo do estado tomou a iniciativa, nos convidou para uma reunião no ano passado justamente por que há um déficit de UTIs Neonatais no estado”.

A UTI Neonatal
A UTI Neonatal é uma ala hospitalar capaz de receber bebês prematuros (que nasceram antes das 37 semanas de gestação), com baixo peso ou que possuem algum problema que possa interferir no seu desenvolvimento.

Estes problemas vão desde alterações cardíacas até dificuldades respiratórias. Cada UTI Neonatal é composta de equipamentos que auxiliam o tratamento do bebê, como incubadora, monitores cardíacos e cateteres.