Brusque possui mais de 900 pacientes infectados com HIV
Em 2020, foram 51 diagnósticos positivos de HIV
Nesta terça-feira, 1º, foi o Dia Mundial de Luta contra a Aids. De acordo com o Serviço de Atenção Especializada (SAE) da Secretaria de Saúde, atualmente há 939 pacientes com HIV, acompanhados pela equipe em Brusque.
“A maioria dos nossos pacientes vinculados não possuem coinfecção, são apenas portadores do HIV. 89% dos pacientes possuem carga viram zerada, ou seja, não transmitem o vírus, e nosso trabalho é para que esse número supere os 90%, para termos sucesso na erradicação do vírus, que é uma das metas da ONU, em 2030”, explica a farmacêutica do SAE, Camila Gili.
Em 2020, foram 51 diagnósticos positivos de HIV. Os testes são disponibilizados no SAE e também nas Unidades Básicas de Saúde, sob demanda.
“Caso o resultado der positivo, o paciente passará por acolhimento no SAE e realizará outros exames para conclusão do diagnóstico. Caso a pessoa já apresente sintomas, muitas vezes o tratamento é iniciado mesmo antes do resultado destes exames”, pontua.
A equipe do SAE é composta por médicos, assistente social, farmacêutico, técnico em enfermagem, enfermeiro e psicólogo, para que possa dar acompanhamento integral aos pacientes.
“Geralmente as pessoas ficam muito impactadas quando recebem o diagnóstico, a doença ainda é muito estigmatizada”. O acompanhamento farmacêutico é realizado mensalmente. A cada seis meses são realizados exames e uma vez por ano o paciente passa por um check up.
“Há várias combinações de medicação no tratamento da doença. Inicialmente são dois comprimidos, que os pacientes tomam diariamente e quase não há reações adversas. Em mais de 400 pacientes nossos que fazem esse tratamento apenas dez apresentaram efeitos colaterais”. A medicação é distribuída exclusivamente pelo SUS.
Além do tratamento, o SAE também atua na prevenção. “O preservativo é a forma mais segura, eficaz e barata de se prevenir o HIV. Mas, também distribuímos a PrEP (Profilaxia Pré-exposição), uma pílula para evitar a contaminação de HIV. Além disso, disponibilizamos a PEP (Profilaxia pós exposição), caso a pessoa tenha uma relação sexual de risco ou acidente de trabalho, ela faz o teste e toma a medicação por 30 dias para não adquirir o HIV”.
Camila reforça que o diagnóstico precoce é importante para a qualidade de vida do paciente. “O ideal é que a pessoa realize o teste pelo menos uma vez ao ano. Além do teste de HIV, disponibilizamos de sífilis e hepatite B e C. Quanto antes o diagnóstico melhor a qualidade de vida do paciente”.
SAE
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