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Brusque precisa ter o Augusto Bauer como opção no futuro próximo

Quadricolor busca o necessário caminho do estádio próprio, mas Gigantinho precisa ser considerado pelas circunstâncias

O principal problema do Brusque em 2024 é não jogar em sua própria cidade. Por conta do acesso, a situação financeira deverá ser menos complicada, mas passar uma temporada longe do município é uma enorme dificuldade técnica. Ainda mais quando há uma Série B do Brasileiro no calendário.

A reforma do Augusto Bauer, que impossibilita a realização de partidas pelos primeiros meses do ano, serve para o clube se mexer e buscar seu próprio caminho, sua própria casa. E o discurso tem sido de que voltar ao Gigantinho não é uma opção considerada. Não só em 2024, mas talvez nem depois. Contudo, deveria ser levada em conta, nem que seja como um plano B.

O Augusto Bauer é o único estádio na cidade apto a receber partidas de futebol profissional. Está sendo reformado, então deverá ter melhores condições do que tinha até agora. Há possibilidade de expansão de capacidade, instalação de arquibancada metálica, e a atual exigência mínima na Série B é de capacidade para 6 mil torcedores, não mais para 10 mil.

Se um novo acordo com o Carlos Renaux seria possível, se seria vantajoso, aí é uma outra história. Mas, no curto prazo, o Augusto Bauer se apresenta como a única solução possível, logo, deveria estar no radar do Brusque, que não tem muito tempo para esperar.

Quantas temporadas o quadricolor conseguiria ficar jogando fora de sua cidade? Jogando longe de sua torcida, que é muito concentrada em território brusquense. Voltar a Brusque apenas quando tiver sua própria casa é decretar um hiato com prazo indeterminado, postas as condições atuais e as informações públicas sobre o assunto.

Até que o sonho seja realizado, como estará o Brusque dentro de campo? Como ficará a relação entre clube e torcida? Hoje, um estádio próprio é um objetivo tão distante quanto em qualquer outro momento da história quadricolor. Talvez já houve, em anos passados, perspectivas mais favoráveis e discursos mais assertivos, mas que acabaram não se confirmando na prática.

Então seria importante estar de volta a Brusque o mais rápido possível, em condições que ajudem o clube a permanecer na Série B. É claro que o Brusque precisa continuar tentando a construção de um estádio, mas não pode depender exclusivamente disto para voltar à cidade.

Entraves

Praticamente desde a assinatura do contrato sobre a reforma do Augusto Bauer, o Carlos Renaux contava com o apoio da Prefeitura de Brusque nos trabalhos de instalação do novo gramado sintético. Contudo, chegada a hora de, enfim, buscar este apoio, o tricolor “quebra a cara”. O Executivo Municipal tem hesitado bastante e o prefeito André Vechi dá declarações públicas destacando obstáculos para atender o tricolor. Além disso, põe como condição central o interesse do Brusque em jogar no Augusto Bauer em 2024, após a reforma. Hoje, não há este interesse.

Ainda assim, o Vovô afirma ter um plano B preparado para dar prosseguimento às obras. Da mesma forma, o Brusque precisa se munir com mais cartas, com materialidade e pragmatismo, caso a ideia do estádio próprio não apresente progressos significativos.

Charge: Ed Carlos Santana

Decisão acertada

Faz muito bem a diretoria do Brusque em seguir com Luizinho Lopes no comando do clube. Um profissional que cumpriu todos os principais objetivos e mais um pouco merece prestígio e reconhecimento. Será possível refrescar o elenco, realizar as mudanças necessárias e retornar com energias renovadas, após um ano de retomada, mas também de desgaste. Se vai dar certo ou não, só será possível saber no decorrer da temporada, mas o mais correto a se fazer atualmente foi feito: buscar e conseguir a renovação do contrato. É o primeiro passo para 2024.

Base

Vai muito bem o time Sub-21 do Brusque na Copa Santa Catarina da categoria. O quadricolor está classificado às semifinais com uma rodada de antecedência e tentará fechar a primeira fase na liderança do Grupo A. Caso consiga, a equipe conseguirá fugir do Criciúma, líder do outro grupo com 100% de aproveitamento. Muito legal ver o clube com bons resultados em uma competição de base.

No elenco, há três jogadores que chegaram a integrar o elenco profissional, sendo relacionados em súmula: o zagueiro Dionatan, o meia-atacante Pedoca e o atacante Robinho. Destes, somente Pedoca entrou em campo no time principal.


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