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Brusque recebeu cerca de R$ 150 mil entre premiação e cotas de TV no Campeonato Catarinense

Diretor financeiro comenta receitas do estadual e reitera preocupação que expressou no fim de 2022

O Brusque recebeu cerca de R$ 150 mil líquidos com a disputa do Campeonato Catarinense, conforme relata o diretor financeiro do clube, Rogério Lana. Deste valor, R$ 60 mil são referentes a premiações pelo segundo lugar da competição. O quadricolor segue precisando de novas receitas para não se complicar ao fim do ano e conseguir honrar seus compromissos.

Lana relata que a receita com cotas de TV ficou entre R$ 130 mil e R$ 140 mil, com “grande parte” sendo destinada a pagamentos de taxas de arbitragem, sobrando aproximadamente R$ 100 mil. Outros R$ 60 mil foram recebidos por premiação como finalista e vice-campeão. “Fecha R$ 150 mil, mais ou menos. É muito baixo”, comenta.

O diretor dá o exemplo dos custos com as viagens. “Por exemplo, ir a Chapecó é R$ 15 mil, 16, 17, dependendo do hotel em que a delegação fica. No último jogo, em que fomos para Criciúma e levamos uma delegação maior, foi R$ 23 mil.”

Para Lana, a baixa remuneração aos clubes se deve aos resultados comerciais do Campeonato Catarinense e da Federação Catarinense. Quando a competição é nacional, o cenário é diferente.

Na Série C, não há cotas de transmissão televisiva. Contudo, em 2023, a CBF distribuiu R$ 800 mil brutos aos clubes da Série C, em três parcelas: R$ 300 mil em abril, R$ 250 mil em junho e R$ 250 mil em agosto. Todos têm descontos retidos na fonte. Nas premiações da Copa do Brasil, 5% são destinados ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), 5% a sindicato de atletas e 5% à Federação Catarinense de Futebol (FCF).

Mantendo-se estes descontos, a premiação da Série C deve chegar a R$ 680 mil líquidos, com deduções de R$ 45 mil na primeira parcela e R$ 37,5 mil nas parcelas seguintes, totalizando R$ 120 mil (15%).

Bilheteria

Preocupa a diretoria do Brusque a questão do público no estádio Augusto Bauer. Na estreia contra o Amazonas, numa quinta-feira às 19h, apenas 1.093 torcedores estiveram presentes. Foram R$ 13.417,23 de renda líquida aferida no borderô eletrônico registrado no site da CBF.

Para Rogério Lana, alterar os preços atuais dos ingressos não seria uma saída. O clube exerce R$ 70 nas cadeiras, R$ 40 na arquibancada descoberta e R$ 30 na geral.

“Realmente é o que dá, o que conseguimos fazer hoje é aquele valor que tá ali mesmo. Porque senão comprometeríamos os sócios-torcedores, que compraram seus pacotes na oportunidade.”

O diretor também se recorda do evento de dezembro, quando falou, entre outros temas, sobre a necessidade de encontrar novas fontes de receita. “A gente só estava com algumas receitas que estavam previstas, e isso é perigoso, porque acabou a Copa do Brasil, acabou a reserva que nós tínhamos, e qual a receita nova que virá agora?”


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