Brusque registra primeiro caso de dengue contraído dentro do município em 2019
Cidade apresenta mais de 380 focos do mosquito Aedes Aegypti, o que preocupa as autoridades epidemiológicas
A Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina confirmou, no início da semana, o primeiro registro de dengue autóctone (contraído dentro do próprio município) em Brusque.
Trata-se de uma mulher de 48 anos, moradora do bairro Azambuja. As investigações do programa de combate a endemias apontam que o provável local da transmissão tenha sido o centro da cidade, pois não foram encontradas larvas do mosquito nas proximidades de sua residência, apesar de o bairro onde reside ter registro de larvas.
Ainda segundo o levantamento, os primeiros sintomas foram registrados no dia 6 de junho. No dia 13 foi realizado a coleta de sangue que seguiu para análises pelo Laboratório Central (Lacen) na capital do estado. A paciente está fora de perigo, tomou medicação e não precisou ser hospitalizada. Barreiras de vigilância também foram montadas num raio próximo de sua casa.
Segundo Letícia Figueiredo, coordenadora do Programa de Combate a Endemias, o trabalho dos agentes continua, com mutirões de limpeza em cemitérios e visitas domiciliares, porém, o envolvimento da população é fundamental no combate ao mosquito.
“Nós estamos muito preocupados, pois, acreditamos que possam haver outros casos da doença; estamos solicitando a toda rede de atenção básica que faça o exame para detectar em todos os pacientes que apresentem sintomas da doença e, assim, tomarmos medidas no sentido de se evitar uma epidemia”.
Em 2019, além do primeiro caso autóctone, Brusque registrou outros 57 casos suspeitos, onde 10 foram confirmados como positivo para dengue. Outros dois casos aguardam resultado.
Em relação a febre chikungunya, foram 11 casos suspeitos e dois confirmados que contraíram a doença no Rio de Janeiro. Não houve casos suspeitos de zika vírus.
Brusque apresenta 384 focos do mosquito Aedes Aegypti desde o início do ano. Santa Rita, com 80; Centro I com 73; e Santa Terezinha com 69; lideram o ranking dos bairros com maiores infestações.