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Brusque registra quatro casos de Dengue

Vigilância Epidemiológica intensifica ações de prevenção. Casos de Brusque foram adquiridos fora da cidade

O verão é a época mais propícia à proliferação do mosquito Aedes Aegypti, o transmissor da dengue. Contudo, mesmo com o fim das chuvas intensas e altas temperaturas, é importante manter os cuidados para prevenir a doença que pode ser transmitida em qualquer estação do ano.

Em Santa Catarina, duas cidades confirmaram casos autóctones, ou seja, contraídos dentro do próprio município. De acordo a Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive) do Estado, em Chapecó foram 11 casos confirmados e a cidade possui mais de 860 focos de larvas do mosquito. Em Itapema foram encontrados mais de 40 focos e três pessoas tiveram a doença confirmada.

Segundo a bióloga e coordenadora do Programa de Controle da Dengue, Fernanda Lippert, Brusque tem quatro casos confirmados, mas nenhum contraído na cidade. “São casos importados. Nós abrimos uma investigação e constatamos que nenhum deles foi contraído aqui. Todos estavam viajando”, afirma. Agora, o trabalho da vigilância epidemiológica é de prevenção para evitar que casos semelhantes aos de Chapecó e Itapema sejam registrados. 
“São casos importados. Nós abrimos uma investigação e constatamos que nenhum deles foi contraído aqui”
Fernanda Lippert, coordenadora do Programa de Controle da Dengue de Brusque
“Doença de verão”
Com o término do verão, muitas pessoas acabam descuidando da prevenção contra o mosquito. Fernanda explica que alguns focos de dengue começam aparecer na cidade entre abril e maio. “O mosquito está se tornando resistente e procria mesmo no inverno. Os ovos ficam até um ano e quatro meses vivos. Quando encontram água parada, continuam com o ciclo de vida. No inverno existe uma redução na quantidade de larvas que são coletadas, mas não nos focos”, diz.
Mesmo com o descuido de alguns, a vigilância epidemiológica recebe semanalmente cerca de 10 denúncias da comunidade informando sobre piscinas abandonadas, terrenos e acúmulo de lixo que podem acabar se tornando a casa do Aedes Aegypti. As denúncias podem ser feitas pelo telefone (47) 3355-9248. 
Foco do mosquito
Até o momento, Brusque tem dois focos do mosquitos transmissor, um no bairro Santa Terezinha e outro no São Luiz. “Abrimos um raio de 300 metros ao redor desses pontos para trabalharmos”, explica a bióloga. Agentes do programa de controle da dengue visitam as casas e o comércio da região para vistoriar o terreno e passar orientação à comunidade. A visita acontece a cada dois meses, no período de um ano. Ainda no trabalho de conscientização, serão realizadas campanhas educativas a respeito do tema. “Intensificaremos a ação nas escolas e com a comunidade. Já estamos fazendo palestras com os servidores públicos, palestras e capacitaremos os colegas de trabalho para a situação. Nosso objetivo é eliminar foco e trabalhar as questões educativas”, afirma a coordenadora do programa. 
Tratamento e investigação
Em caso de suspeita de dengue, a Vigilância Epidemiológica recomenda que a pessoa vá até uma unidade de saúde do município mais próxima de sua residência. Todas as unidades estão capacitadas para realizar o pronto atendimento e abrir uma ficha de investigação. “Começamos a investigar, fazemos a coleta de sangue e encaminhamos ao Lacen para confirmar se os sintomas realmente são de dengue”, diz.