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Brusque registra queda na exportação e alta na importação nos primeiros meses de 2023

Valores da balança comercial foram divulgados no último mês

Nos primeiros cinco meses de 2023, Brusque importou 169,9 milhões de dólares e exportou 25,7 milhões. Portanto, no período, a balança comercial do município registrou déficit de 144,2 milhões de dólares. Os dados são do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC).

Conforme os dados, a cidade registrou queda de 6,1 milhões de dólares no valor da exportação nos primeiros cinco meses do ano. No mesmo período em 2022, Brusque exportou 31,8 milhões.

Já na exportação, a cidade registou alta de 54,2 milhões no período. Nos primeiros cinco meses do ano passado, Brusque importou 115,7 milhões. Os números colocam Brusque no 31º lugar no ranking de exportações no estado. Já no ranking de importações, a cidade figura do 12º lugar.

Conforme a empresária do setor têxtil e presidente da Associação Empresarial de Brusque (Acibr), Rita Conti, tanto na exportação quanto na importação, os resultados são relacionados com a desvalorização do dólar e políticas mundiais.

“Abaixa o dólar, as empresas trazem mais produtos de fora. Já na exportação, o mercado internacional busca alternativas. São várias questões mundiais que fazem outros mercados emergentes aparecerem mais. Então, está mais competitivo”, aponta.

Rita cita uma “inflação” quase mundial, sentida por todos os países. “A Europa fala em inflação, que nunca tiveram na vida, mesmo em percentual pequeno. Eles estão com medo, devido à guerra [na Ucrânia] e uma série de situações pós-pandemia. Os Estados Unidos, que sempre tiveram uma economia super pujante, também estão muito preocupados com a inflação e retraem o consumo externo”, explica.

Portanto, com o alto custo de produção no Brasil, Rita avalia que os valores nacionais acabam não sendo tão agradáveis para o mercado internacional. “São perdidos muitos negócios”, completa.

Balança comercial – janeiro maio de 2023
Infogram

Pelo mundo

Os países que Brusque mais exportou foram o México, Argentina e Estados Unidos, que também estiveram no topo das exportações em 2022. Rita explica que os resultados podem estar vinculados pela localização: os três países ficam nas Américas.

“A Argentina está desindustrializada, com crise econômica, e então precisam de tudo. Já o México e Estados Unidos vê maior viabilidade de fazer negócios na América, pela logística mundial e seus custos. O México é um país bem populoso, com um mercado super aberto para nós. O transporte fica mais em conta e houve esse ganho, além da geopolítica, com a relação dos Estados Unidos com a China, desenvolvendo outros países”, ressalta.

Na importação, também se observa a consolidação de três países, em comparação com 2022: China, Argentina e Índia, além da Coreia do Sul, no topo de janeiro a maio de 2023.

Rita avalia que a Índia e a China disparam na importação na área têxtil, principalmente em produtos acabados, fios e malhas. “A Índia começou a ofertar no Brasil fios penteados, de alta qualidade. Trazem muitos para cá fios de poliéster, que não são feitos aqui. Na nossa região, principalmente Guabiruba e Botuverá, está tendo uma competência muito grande na área de fiações, malharias e tinturarias”, comenta.

“A China também é muito forte na área metalmecânica, pequenos componentes, também na parte de TI. Enviam muitos componentes para cá. A Argentina pode estar contribuindo na linha de alimentos ou grãos, produtos de animais vivos e produtos do reino animal, como leite e produtos derivados”, finaliza.

Produtos Exportados

– Máquinas e aparelhos, material elétrico e suas partes; Aparelhos de gravação ou reprodução de som, aparelhos de gravação ou reprodução de imagens e de som em televisão, e suas partes e acessórios – Total: US$ 21,2 milhões (82% do total);
– Matérias têxteis e suas obras – Total: US$ 2,45 milhões (9,5%);
– Mercadorias e produtos diversos – Total: US$ 597 mil (2,3%).

Produtos importados

– Matérias têxteis e suas obras – Total: US$ 80,4 milhões (47% do total);
– Máquinas e aparelhos, material elétrico e suas partes; Aparelhos de gravação ou reprodução de som, aparelhos de gravação ou reprodução de imagens e de som em televisão, e suas partes e acessórios – Total: US$ 28 milhões (16%);
– Animais vivos e produtos do reino animal – Total: US$ 14,8 milhões (8,7%).


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