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Brusque registra saldo negativo de empregos no ano de 2023; compare dados com os anos anteriores

Dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged)

Brusque registrou saldo negativo na geração de empregos em 2023. No total, 29.837 pessoas foram demitidas, enquanto 29.552 foram admitidas na cidade. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).

Comparando com o ano anterior, os números de 2023 pioraram. Em 2022, foram registradas 32.337 admissões contra 30.239 demissões, resultando em um saldo positivo de 2.098.

Em 2021, o cenário também foi positivo, com o registro de 32.824 admissões contra 29.921 demissões, resultando em um saldo de 2.903. Em 2020, o saldo também foi positivo, mas menor: 821.

Contratações por setor em cada ano

Faixa etária

No que diz respeito à faixa etária, o Caged aponta que, em 2023, pessoas de até 17 anos tiveram o maior saldo de admissões, com 702. O segundo melhor saldo foi para pessoas com idade entre 18 e 24 anos, com 615. Todas as outras faixas etárias apresentaram saldo negativo.

O número de categorias no negativo em 2023 pode ser comparado com os dados de 2020. Naquela ocasião, quatro faixas etárias apresentaram números abaixo de zero, enquanto em 2023 foram cinco. Naquele ano, no entanto, havia a pandemia de Covid-19, e diversas empresas precisaram demitir funcionários.

Grau de instrução

Em relação aos números de grau de instrução, o Caged destaca que, em 2023, pessoas com ensino médio completo tiveram o maior saldo de admissões, com 806. O segundo melhor saldo foi para pessoas com ensino médio incompleto, totalizando 12. Todas as outras categorias apresentaram saldo negativo.

O número de categorias no negativo em 2023 também pode ser comparado com os dados de 2020. Naquela ocasião, três faixas de grau de instrução apresentaram números abaixo de zero, enquanto em 2023 novamente foram cinco.

Avaliação

Questionado sobre os números de 2023, o secretário de Fazenda e Gestão Estratégica, José Henrique Nascimento, explica que o saldo negativo é resultado de um fenômeno nacional. Especificamente sobre a área industrial, que sofreu uma queda considerável no ano passado, o secretário afirma que o ritmo de produção também desacelerou.

“As áreas enfrentaram uma série de desafios, entre eles o poder de compra, que diminuiu. Vale lembrar que não houve correção salarial para estabelecer esse poder. Ou seja, se o consumidor compra menos, produz-se menos, o que resulta em um alto número de demissões”.

Sobre a construção civil, o secretário afirma que o setor também fechou o ano de 2023 com uma retração em torno de 0,5% do PIB. Consideradas áreas cruciais na economia brusquense e do país inteiro, ambas ainda sentem uma série de efeitos, entre eles a taxa de juros elevada.

Visão positiva

Frente aos números negativos registrados, o secretário frisa que a capacidade que o município tem em abrir empresas é muito grande, o que traz um contraste. Para ele, ter um saldo negativo de 285 empregos é um dado pequeno, considerando o número de pessoas empregadas na cidade.

“Para se ter ideia, uma empresa se abre no município em questão de poucas horas. Se pensarmos de uma forma diferente, pois são dados sensíveis de se analisar, é possível que Brusque tenha ficado em um saldo positivo. Explico. Como mais MEIs foram abertas, temos pessoas que estão se formalizando, ao mesmo tempo em que essa forma de contratar pessoas através do MEI, quando ela é aberta e a empresa paga a MEI dela por prestação de serviço, também tem aumentado. Ou seja, pode ser que no final das contas o saldo tenha ficado positivo, ou pelo menos tenha compensado”, comenta.

Questionado sobre as perspectivas para o ano de 2024, o secretário afirma que a prefeitura tem buscado diariamente avançar nos planos municipais de desenvolvimento econômico.


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