Brusque registra saldo positivo de empregos no primeiro semestre de 2023; saiba quais setores mais contrataram

Apesar de alta em comparação com o segundo semestre de 2022, período tem o menor saldo para um primeiro semestre dos últimos três anos

Brusque registra saldo positivo de empregos no primeiro semestre de 2023; saiba quais setores mais contrataram

Apesar de alta em comparação com o segundo semestre de 2022, período tem o menor saldo para um primeiro semestre dos últimos três anos

Entre janeiro e junho de 2023, Brusque registrou saldo positivo de empregos formais, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). No geral, a cidade teve um saldo de 644 pessoas contratadas, sendo mais de 16,2 mil admissões e mais de 15,6 mil demissões na primeira metade do ano.

Em comparação com o segundo semestre de 2022, o município registrou alta de 1,7 mil empregos. Contudo, em paralelo com os primeiros semestres dos últimos três anos, é o menor saldo registrado: em 2022, o saldo foi de 3,2 mil postos de trabalho; e em 2021, foi de 3,5 mil. O valor de 2023 só é maior do que o primeiro semestre de 2020, quando a cidade registrou saldo negativo de 1.993, resultado impactado pela pandemia da Covid-19.

A presidente da Associação Empresarial de Brusque (Acibr), Rita Conti, aponta que os últimos meses foram marcados por um novo arranjo econômico, após as eleições no último ano.

“Tem um novo governo federal, tivemos muitas questões em pauta, principalmente a tributária. Querendo ou não, por mais que estejamos em chão de fábrica ou em comércio, isso respinga e tem essa movimentação econômica. Então, acredito que por isso não tenhamos um saldo nem tão positivo”, avalia.

Rita destaca que a alta ocorreu por conta da reação do mercado, com datas específicas e o frio na região, que impactou o setor da confecção. “São questões pontuais. O dólar também não favoreceu tanto, por ter uma caída, e isso reflete”, continua.

Nos últimos seis meses, janeiro representou o maior saldo registrado: 413. Por outro lado, após abril, o município registrou saldo negativo de empregos, ou seja, as demissões foram maiores do que as contratações. O mês com o menor saldo foi maio, com o déficit de 143 empregos formais registrados.

No período, o setor da indústria registrou o maior saldo de contratações no primeiro semestre. Foram mais de 7 mil admissões e 6,4 mil demissões, o que resultou em um saldo de 609.

O setor de serviços também se saiu bem, com quase 4 mil admissões e cerca de 3,8 mil demissões. Portanto, um saldo de 207 postos de trabalho preenchidos.

Entretanto, o comércio registrou o saldo negativo de 163 empregos, após quase 3,9 admissões e um pouco mais de 4 mil demissões. O setor da construção também fecha o período em baixa: foram 1.362 admissões e 1.371 demissões, resultando em um saldo negativo de 9 empregos.

Em relação ao gênero, entre janeiro e junho, foram contratados 9.034 homens e 7.248 mulheres em Brusque. No período, foram registrados 8.629 desligamentos de homens e 7.009 de mulheres. Assim, o saldo de empregos foi positivo para ambos: 405 postos de trabalho para homens e 239 para mulheres.

Faixa etária

Em relação aos números da faixa etária, o Caged aponta que pessoas de até 17 anos tiveram o maior saldo de empregos no primeiro semestre: foram 1.289 admitidas e apenas 403 demitidas, resultando em um saldo de 886 postos de trabalho.

Em seguida, pessoas de 18 a 24 anos tiveram o segundo melhor saldo: 545 empregos. Esse grupo também representa o maior número de contratações, pois foram admitidas 4.974 pessoas com essas idades no período. Entretanto, nesta faixa etária, foram 4.489 demissões entre janeiro e junho.

Pessoas entre 25 e 30 anos representam um saldo de apenas 9 empregos, resultado de 3.054 admissões e 3.045 desligamentos.

Já o menor saldo de empregos foi registrado entre pessoas entre 30 e 39 anos: -297 postos de trabalho, resultado de 3.851 admissões e 4.148 demissões. Aliás, após os 30 anos, todas as idades registraram saldo negativo.

Grau de instrução

Por grau de instrução, o maior saldo de empregos foram de pessoas com ensino médio completo, com 679 postos de trabalhos preenchidos. Apesar do número positivo, este grupo concentra o maior número de contratações e, também, de desligamentos: foram 9.790 e 9.111, respectivamente.

Já o menor saldo de postos de trabalho foi o de pessoas com ensino superior completo: foram 949 contratações e 1.063 demissões. Os números resultam no saldo negativo de 114 empregos.

Segundo semestre

Rita Conti ressalta otimismo para o segundo semestre. Ela acredita que o plano estratégico do governo federal, focado em pequenas ações e de fundo de garantia, pode influenciar os próximos meses.

“Eles estão mito em cima dos juros, já passou a pauta da questão tributária, ainda em discussão, e isso favorece para termos uma economia muito mais estável”, explica.

A taxação da Shein, por exemplo, movimentará muito a economia local, segundo ela. “Isso será muito favorável para a indústria, que se movimentando gera mais valor ao mercado, comércio e serviços de modo geral”, complementa.

“O primeiro semestre não foi tão tranquilo, pois tivemos muitos ajustes econômicos do governo federal. Então, até entendermos como ele está se comportando e como afeta a economia, isso nos afeta muito”, finaliza.


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