Brusque registrou 16 casos de maus-tratos contra idosos nos últimos anos
Segundo delegada, ocorrências envolvem desde agressões físicas até falta de cuidados
Segundo delegada, ocorrências envolvem desde agressões físicas até falta de cuidados
Nos últimos cinco anos, Brusque registrou 16 casos de maus-tratos contra idosos, conforme aponta levantamento do Sistema Integrado de Segurança Pública de Santa Catarina.
O pico de ocorrências foi em 2019, quando seis casos foram registrados. Em segundo lugar no ranking dos últimos anos com mais casos está 2018, com quatro registros; e 2020 com três. Neste ano, apenas um caso constava no sistema até 1º de maio, data em que foi realizada a pesquisa.
A delegada Flávia Gonçalves Cordeiro, da Delegacia de Proteção à Criança, ao Adolescente, a Mulher e ao Idoso de Fronteira (DPCAMI), avalia positivamente a queda de casos nos últimos anos.
Apesar de 2020 não ter o maior registro de casos nos últimos anos, a delegada comenta que a pandemia teve impacto nas ocorrências de maus-tratos. Como as pessoas passaram a ficar mais tempo juntas em casa, o convívio contínuo também gerou descuido por vários motivos.
Segundo ela, o crime de maus-tratos contra idosos engloba desde agressões físicas, violência psicológica e abandono até a falta de cuidados básicos, como a alimentação, o banho e outras atividades do dia a dia.
Há casos em que os autores do crime são pessoas da família e em outras situações em que a violência parte dos cuidadores. A delegada classifica que o agressor é sempre uma pessoa próxima a vítima.
Já as denúncias partem tanto da própria vítima quanto de familiares que percebem que há algo errado. Segundo a delegada, é menos comum o próprio idoso denunciar o caso pois, em muitas situações, ele sofre com demência ou não tem capacidade para entrar em contato com a Polícia Civil e denunciar.
Flávia também aponta que a delegacia recebe muitas denúncias falsas através do disque 100.
“Nós recebemos a denúncia e quando vamos averiguar descobrimos que não tinha nada de maus-tratos”. Segundo ela, as vezes são ocorrências de briga entre a família e pessoas de fora do ambiente entendem como uma situação de descuido com o idoso.
Após a denúncia de maus-tratos ser averiguada e constatada, a delegada comenta que o idoso é acompanhado por uma assistente social do município. A vítima não é encaminhada para lares de repouso, mas a Polícia solicita para que a família escolha outro responsável pelo idoso para evitar novas incidências. O ambiente familiar passa pelo acompanhamento da profissional.
De acordo com a delegada, o crime de maus-tratos contra idosos tem punição prevista em lei, que vai desde dois meses de detenção a 12 anos de reclusão, em casos de morte.
Flávia salienta que denúncias de casos de maus-tratos podem ser realizadas através do disque denúncia no número 100 ou na sede da Delegacia de Polícia.
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