Brusque responde bem à chegada de novo técnico e se mantém vivo na Série B
Triunfo sobre o Vila Nova mostra outra cara do quadricolor
A estreia de Marcelo Cabo no comando do Brusque foi muito melhor do que se poderia esperar. Além da injeção de ânimo que muitas vezes ocorre num elenco quando há a troca de treinador, o quadricolor demonstrou qualidades e soluções bem interessantes na vitória por 3 a 1 sobre o Vila Nova.
É notável, já no primeiro minuto de jogo. Dentinho era um jogador que vivia sob grande desconfiança, não só por parte da torcida. Nas últimas quatro rodadas, Luizinho Vieira não o colocava nem no banco de reservas. Abriu o placar com um golaço e teve uma atuação bastante sólida para quem estava escanteado.
Diego Mathias, o grande destaque do jogo, vem crescendo muito nos últimos tempos, mais firme nos duelos, mais eficiente nos passes, mais preciso nos chutes. Em outros tempos, em outras fases, um jogador do Brusque teria desperdiçado a oportunidade do segundo gol, após belo passe de Guilherme Queiróz. O meia quadricolor teve a frieza e a categoria necessárias para marcar o gol e tornar a partida menos tensa.
Se a escalação de Dentinho num lugar que poderia ser de Ocampo já chamou a atenção, a escolha no segundo tempo por Keké, que não jogava desde 5 de julho, é ainda mais surpreendente. E o atacante respondeu bem, marcando seu segundo gol pelo Brusque em sete partidas.
Foi a primeira vitória marcando mais de um gol desde a primeira rodada, naquele 3 a 1 com o Mirassol. Com seu trabalho motivacional e suas sessões de treino mais longas do que se costuma ver no Brusque, Marcelo Cabo trouxe um impacto positivo no desempenho da equipe. A esperança do torcedor, que vibrou muito em Itajaí, é de que seja algo duradouro e sustentável.
Para bem ou para mal, o próximo adversário já é uma pedreira enorme: o líder Novorizontino, em mais uma rodada com chance matemática de deixar o Z-4. O Brusque ainda tenta sua primeira vitória como visitante nesta Série B.
Do outro lado
Luizinho Lopes faz uma ótima campanha no Vila Nova, brigando pelo acesso à Série A. Contudo, contra o Brusque, nada deu certo. O quadricolor conseguia marcar e combater muito bem no meio-campo e nas proximidades da área. Matheus Nogueira, acostumado a operar um, dois, até três milagres num jogo, trabalhou muito mais interceptando e recolhendo bolas alçadas na área do que segurando uma pressão muito ameaçadora. Foi uma atuação ruim e pouco criativa do Vila Nova, causada também pela estratégia, pela eficiência e pela atitude do Brusque ao longo do jogo.
Lesões
Um dos grandes problemas do Brusque para a sequência da Série B, além da indefinição total sobre o Augusto Bauer, é o acúmulo de lesões.
Hoje o Brusque tem 36 jogadores em seu elenco, todos já figurando no banco de reservas pelo menos uma vez. Durante o jogo contra o Vila Nova, com as saídas de Éverton Alemão e Mateus Pivô, o número de atletas disponíveis por lesão chegou a 12: Cristovam, Mateus Pivô, Ronei, Éverton Alemão, Maurício, Alex Ruan, Luiz Henrique, Marcelo, Serrato, Jhemerson, Neto e Rodrigo Pollero. Um terço do elenco indisponível por diferentes lesões.
Para o jogo contra o Novorizontino, é certo que pelo menos Ronei volta, após ter torcido o pé em treino na semana passada.
Assista agora mesmo!
Kai-Fáh: Luciano Hang foi dono de bar em Brusque, onde conheceu sua esposa: