Brusque: ainda sem casa
Quadricolor tem missão de se manter na segundona enquanto segue sem data para voltar ao Augusto Bauer
O Brusque faz sua quarta participação na Série B do Campeonato Brasileiro, apenas dois anos depois do rebaixamento de 2022. Para este ano, o quadricolor tem menos jogadores de renome do que nas outras vezes em que jogou a segundona. Mantém a base do time vice-campeão da Série C de 2023 e vice-campeã catarinense deste ano.
Em 2021 e 2022, a Série B tinha gigantes do futebol brasileiro: Botafogo, Cruzeiro, Grêmio, Vasco. Em 2024, do chamado G-12, tem apenas o Santos. Mas isto não torna a Série B mais simples para o Brusque, pelo contrário. Além dos clubes tradicionalíssimos, e muitos destes vivem ótimas fases, há a questão do estádio: o quadricolor vai jogar uma Série B fora de casa, sem previsão clara de retorno ao Augusto Bauer.
Serão muitas rodadas jogando no Gigantão das Avenidas, casa do arquirrival Marcílio Dias, em Itajaí. Não haverá, por enquanto, a força caseira. Ainda assim, quando o Marreco foi 13º colocado, em 2021, jogou quase todo o campeonato sem público no Augusto Bauer, por conta da pandemia de Covid-19. E o Catarinense de 2024 já serviu para a equipe “treinar” o modo itinerante.
Depõem a favor do Brusque os resultados obtidos até aqui na temporada. A equipe começou mal, sim, chegando a uma sequência de seis jogos sem vitória no estadual. Mas conseguiu se recuperar, crescer ao longo da competição e chegar à final, perdendo a final diante do Criciúma e de pênaltis não marcados. Além disso, avançou à terceira fase da Copa do Brasil pela primeira vez desde 2020. No caminho, conseguiu buscar empates e viradas.
Dos reforços, destacam-se dois retornos. Um é o de Diego Mathias, que fez ótima Série A2 do Paulista com o São Bento-SP. O outro é o lateral-esquerdo Marcelo teve rápida passagem pelo quadricolor na reta final da Série B de 2021. Foi campeão da Série B no ano passado pelo Vitória e em 2024 estava no Mirassol.
Hoje o Brusque é um time entrosado, que luta muito, que sofre poucos gols, mas que também pouco balança as redes. Permanecer na Série B é a grande, longa e mais difícil missão da equipe em 2024, sem perder de vista uma campanha melhor e sem sustos. A diretoria fala em trabalhar pela primeira metade da tabela.
Destaques
Matheus Nogueira: o goleiro de 37 anos é praticamente incontestável desde que chegou, na pré-temporada de 2023. Em 2024, foi fundamental para cada passo do Brusque na temporada, inclusive com defesas de pênaltis.
Rodolfo Potiguar: aos 36 anos, o Pitbull vive excelente fase. Dá segurança ao meio-campo com combate firme e participa bem da construção com passes e inversões. Jogador imprescindível até aqui.
Alex Ruan: já está na sua quarta temporada pelo Brusque. Tem qualidade no apoio pela esquerda e é peça importante, especialmente na hora de atacar. Pode atuar mais adiantado, como meia ou ponta. Tem dois gols decisivos no ano, além de uma assistência.
Saíram: Patrick (livre)
Chegaram: Osman (ex-Chapecoense), Anderson Rosa (ex-Portuguesa-RJ), Mateus Pivô (ex-Vila Nova), Maurício (ex-Inter de Limeira-SP), Marcelo (ex-Mirassol), Keké (ex-Água Santa-SP), Diego Mathias (volta de empréstimo ao São Bento-SP)
Brusque Futebol Clube
Brusque
Fundação: 12 de outubro de 1987
Estádio: Hercílio Luz, o Gigantão das Avenidas (particular – Marcílio Dias) – 6.000 lugares
Presidente: Danilo Rezini
Técnico: Luizinho Lopes
Material esportivo: Finta
Principais títulos: 1 Brasileiro Série D (2019) e 2 estaduais (1992, 2022)
Outros títulos: 2 Recopa Catarinense (2020 e 2023), 5 Copa Santa Catarina (1992, 2008, 2010, 2018 e 2019), 3 Catarinense Série B (1997, 2008 e 2015).
Copa do Brasil: terceira fase (em andamento, vs. Atlético-GO)
Catarinense: 2º
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Foto: No Catarinense, quadricolor chegou à quarta final em cinco anos | Lucas Gabriel Cardoso/Brusque FC
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