Fechado e unido, Brusque corrige erros e parece se motivar ainda mais quando se sente questionado
O Brusque tem alguns diferenciais em relação à maior parte de seus adversários na Série B. Um deles é a forte união. Elenco e comissão técnica são fechados e unidos, com muitos jogadores e funcionários que têm quase o mesmo longo tempo de casa. O técnico, que tem o trabalho mais longevo do país hoje, se aproxima dos 100 jogos pelo clube e parece ter total controle do grupo.
Em meio a este ambiente consolidado, com laços muito fortes, qualquer comentário, de qualquer teor, pode ser visto como antagônico e utilizado como combustível para a equipe. O time do Brusque cresce nos momentos em que se sente questionado ou criticado por quem quer que seja, imprensa ou torcida. Não é nada novo. E dá certo. Funciona. É um gás extra.
Bem guardadas as devidas proporções, este combustível lembra um pouco as motivações extras de Michael Jordan relatadas no documentário The Last Dance. O astro do Chicago Bulls mostrava uma garra para provar como o mundo todo estava errado em subestimá-lo ou desrespeitá-lo, independentemente se fossem falas ou gestos, se fossem reais ou imaginários. O resultado era evidente.
Claro, o Brusque não é perfeito. Haverá dias ruins, adversários superiores, fases chatas, limitações decisivas ou futebol que pouco agrade aos olhos. É do jogo, é da Série B. Entretanto, há este tempero no grupo que, somado a todas as qualidades já conhecidas, ajuda a levar o Brusque à situação atual. Ajuda o time a se superar.
Já são 13 jogos, o quadricolor não correu nenhum risco sério de se aproximar do Z-4. Houve uma oscilação, mas a campanha está sendo muito segura e de bons resultados. Seguindo nesta pegada, será mais fácil o Marreco sonhar com acesso do que se preocupar com fugir de rebaixamento nas rodadas finais. Quem ganha é o torcedor.
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