Brusque consolidou uma recuperação, cresceu na hora H e volta aos trilhos com tudo
O Brusque partiu do quase-inferno ao quase-céu com a excelente vitória sobre o Vila Nova em Goiânia, neste sábado, 2. Está saindo de uma sequência péssima para uma fase com poucos gols sofridos e um ataque que, finalmente, voltou a funcionar como o torcedor havia ficado (mal) acostumado a ver. E claro: a rodada fechou de maneira que o Brusque esteja a uma vitória do acesso. Vencer deu muita confiança, deu o exemplo prático do que fazer em várias situações. Já vinha sendo destacado aqui na coluna que havia evoluções, faltava uma vitória, e ela veio. E ter uma base, uma escalação repetida por Jerson Testoni, parece ter tido influência.
Excelente resposta
A melhor resposta que o Brusque pôde dar a críticos e incrédulos (estou na lista) foi dada dentro de campo. Com um jogo consistente, concentrado, eficiente na frente do gol. A defesa tem sido muito sólida. Thiago Alagoano está cada vez mais decisivo (e insubstituível). Maurício Garcez voltou a ter uma ótima atuação, como a que lhe rendeu a precoce renovação de contrato até 2024. E nem wi-fi, nem bluetooth, nem vento sul e nem pênalti de Henan, artilheiro do Vila Nova, estão passando pelo absurdo goleiro que é Ruan Carneiro. Ele mudou a história do jogo defendendo o pênalti. Se o Marreco escolheu um momento para crescer na competição, escolheu o melhor possível.
Evoluções
De 10 jogos sem vencer, o Brusque vai a cinco jogos sem perder. Os quatro empates recentes, assim como as outras partidas, não foram do tipo que o Marreco merecia claramente vencer e não conseguiu. Não era o mesmo nível da atuação de sábado, 2. E por conta do potencial e do que foi visto até outubro, as críticas e cobranças eram várias. Depois do time arrasador do início de 2020 e daquela campanha do primeiro turno da Série C, houve problemas gerais, com atuações fracas. Lesões, desfalques, Covid-19. Houve o 8 a 1. E a partir daí, pouco a pouco, houve reparos na defesa, e depois, pelo que o último jogo indica, no ataque. Mérito enorme de elenco e comissão técnica, que agora têm como desafio manter e aprimorar o que parece ser o início de uma ótima retomada. A sequência será a prova, e 11 de janeiro poderá ser histórico.
Esquadrão alviverde
O Paysandú de 1973, que retornou ao Campeonato Catarinense. O clube completou 102 anos na última quarta-feira, 30. Em pé: Aroldo, Nelson, Cussi, Clênio, Carlinhos e Tenente. Agachados: Britinho, Juquinha, Zé Carlos, Bráulio e Mica. A foto é do arquivo de Renato Americano, publicada no grupo Futebol Catarinense das Antigas.