Brusque sobe 10 posições em ranking e é a 63ª cidade mais competitiva do Brasil; entenda
A meta é que até 2030 a cidade esteja entre as 50 melhores do país em competitividade
Brusque subiu 10 posições no Ranking de Competitividade dos Municípios, que analisa a capacidade competitiva das cidades brasileiras com mais de 80 mil habitantes.
Em 2021, a cidade ocupava a 73ª posição geral no ranking e, neste ano, passou para a 63ª colocação. Na região Sul, o município ocupa a 19ª posição.
O ranking é realizado pelo Centro de Liderança Pública (CLP) e, neste ano, analisou 415 municípios de todo o país.
O diretor-geral da Secretaria da Fazenda e Gestão Estratégica de Brusque, Thomas Haag, comemora a ascensão do município no ranking. Ele explica que a gestão considera o Ranking de Competitividade dos Municípios um instrumento importante de planejamento das políticas públicas, já que o estudo é feito por uma fonte externa e, por isso, imparcial.
“Essa é uma conquista da cidade. Os números refletem a nossa realidade. Sabemos dos nossos problemas e dos nossos potenciais e esses números consolidados, de um órgão externo, nos permite ter imparcialidade e transformar essas informações em uma diretriz do município, para que todas as gestões possam se guiar por esses dados”.
Thomas destaca que o planejamento de Brusque para 2030, inclusive, utiliza o ranking como base. A meta é que até 2030 a cidade esteja entre as 50 melhores do país em competitividade.
As potencialidades
As cidades foram avaliadas a partir de 65 indicadores, organizados em 13 pilares temáticos e três dimensões: instituições, sociedade e economia. Após a análise dos dados oficiais, o estudo aponta os potenciais de cada cidade e também os principais desafios.
No caso de Brusque, o ranking mostrou potencialidades em sete dos 13 pilares temáticos analisados. De acordo com o levantamento, o ponto forte de Brusque é a inserção econômica. Neste quesito, a cidade ocupa a 10ª posição geral.
De acordo com Thomas, o bom posicionamento da cidade neste quesito reflete a pujança econômica de Brusque. “Em diferentes matrizes vem sendo realizado um trabalho de desenvolvimento econômico no nosso município. Temos o plano de desenvolvimento econômico, a classe empresarial de Brusque também é muito organizada, então esse ecossistema econômico tem sido uma peça chave para o desenvolvimento da cidade”.
Thomas afirma que, no futuro, o município também deve colher os frutos da Lei de Inovação, sancionada no ano passado, e das diversas ações de desburocratização colocadas em prática na cidade. “Lá na frente, essas iniciativas vão possibilitar que a cidade continue sendo competitiva”.
O acesso à saúde e a qualidade da saúde são outros dois pontos fortes de Brusque, de acordo com o ranking. A cidade ficou em 19º e 21º lugar, respectivamente, na análise desses dois pilares.
Thomas avalia que o bom resultado na área é resultado de um trabalho de anos que vem sendo realizado no município. “É uma construção perene, por isso a importância do planejamento estratégico em uma cidade. Claro que ainda temos muitos desafios na saúde, e sabemos disso, tanto é que há um investimento de mais de R$ 100 milhões na área. Esse investimento reflete em uma saúde pública acima da média nacional aqui na nossa cidade”.
Os outros pilares em que Brusque ficou bem posicionada no ranking geral foram segurança (30º), telecomunicações (48º), funcionamento da máquina pública (58º) e meio ambiente (66º).
Os desafios
O ranking também apontou os desafios de Brusque. O saneamento foi o quesito em que a cidade teve a pior pontuação, por isso, ficou na 291ª posição geral.
“Este é um desafio desta gestão e foi também das anteriores. É um problema muito complexo, que demanda recursos e tempo e acaba envolvendo diferentes atores, por isso, muitos gestores protelaram o saneamento, devido aos problemas do passado”.
Thomas lembra que o Procedimento de Manifestação de Interesse (PMI) aberto pela prefeitura para dar início ao processo de implantação da rede de esgoto na cidade está em fase final e que, gradativamente, a tendência é que o município suba posições neste quesito.
“Vamos começar a evoluir. É uma evolução lenta, mas muito importante para toda a cidade”.
Nos quesitos capital humano e qualidade da educação, a cidade também ficou mal posicionada no ranking: 275º e 157º lugar, respectivamente.
Thomas explica que o capital humano está relacionado com a capacitação da mão de obra e também com a falta de cursos de pós-graduação em áreas específicas. Ele cita como exemplo, cursos de mestrado, que não são oferecidos nas instituições da cidade.
“Este é um esforço que tem sido feito pelas instituições de ensino superior, acredito que é uma questão de tempo. A Unifebe, por exemplo, recém implantou o curso de Medicina, é uma evolução natural”.
Sobre o quesito qualidade da educação, que a cidade também ficou mal posicionada no ranking, Thomas destaca os efeitos da pandemia da Covid-19.
“Junto com a saúde, a educação foi a área mais prejudicada pela pandemia. A cidade ficou alguns anos abaixo da meta do Ideb, e a pandemia prejudicou muito. Teremos uma geração de crianças que vão ter dificuldades na aprendizagem e estamos cientes deste desafio”.
Outros pontos que Brusque precisa melhorar, de acordo com o estudo, são sustentabilidade fiscal (150º), inovação e dinamismo econômico (101º) e acesso à educação (68º).
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